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Notícias | Região Economia

Braço chinês da Pirelli seguirá em Gravataí

A Prometeon, que há três anos produz no complexo, já emprega quase o dobro da fabricante italiana e representa o segundo maior ICMS da cidade

Por Eduardo Torres
Publicado em: 14.05.2019 às 10:14 Última atualização: 14.05.2019 às 10:25

Foto por: Divulgação
Descrição da foto: Complexo de Gravataí hoje se divide entre a Pirelli e a Prometeon
Ainda há uma esperança em Gravataí de que o corte de empregos com o fechamento da Pirelli nos próximos dois anos não chegue aos 900 postos anunciados nesta segunda-feira (13). É que, se os italianos confirmam o encerramento das atividades na fabricação de pneus de motos por aqui, seus parceiros, os chineses da Prometeon, que hoje ocupa a maior parte do complexo de Gravataí, podem absorver parte desta mão de obra. A possibilidade foi levantada pelos representantes da Pirelli em reunião com o prefeito Marco Alba (MDB), ainda na segunda.

E, se de um lado a prefeitura ainda tenta traçar uma estratégia para administrar a perda — e talvez atrair novos investimentos para aquela área, que pertence à Pirelli —, de outro, a categoria também se mobiliza. Na manhã desta terça (14), a direção do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Gravataí (STIAB) está reunida para traçar a estratégia. Ainda não houve reunião dos representantes com a direção da empresa.

"Ainda não conseguimos dimensionar o tamanho do impacto econômico e social na cidade se perdermos 900 postos de trabalho. Porque é um cálculo que vai bem além da arrecadação de impostos como ICMS e IPTU da planta industrial. Significa um corte no consumo, de trabalhadores com um alto poder aquisitivo deste setor", aponta o secretário municipal da Fazenda, Davi Severgnini.

Nos últimos três anos, a produção do complexo da Pirelli é dividida em duas unidades. Em uma delas, a Prometeon, braço da ChemChina e sócia da Pirelli mundial, produz pneus para caminhões e máquinas pesadas. Com os chineses há 1,7 mil empregados atualmente. Os outros 900 estão na unidade da Pirelli que, segundo os italianos, será transferida paulatinamente para Campinas.

"Nós não recebemos até o momento nenhum cronograma da mudança. Só sabemos que acontecerá até 2021, e que foi uma decisão de mercado da empresa. É uma situação diferente da GM. Naquela ocasião, tínhamos um trunfo, já que a unidade daqui é a que mais vende no País e uma das mais lucrativas do mundo. Já a Pirelli está na cidade há 43 anos, e há muito tempo já não tem incentivos fiscais do município. Talvez o estado de São Paulo tenha oferecido vantagens, já que lá a produção de pneus para motos talvez seja uma inovação", diz o secretário.

Se for considerado todo o complexo da Pirelli, com as duas empresas, ali estão concentrados o segundo maior ICMS e o maior IPTU da cidade. Isoladamente, porém, a Pirelli hoje representa o décimo ICMS retornado, em torno de R$ 2,5 milhões ao ano.

De acordo com Severgnini, se permanecer somente a Prometeon, ela seguirá sendo a segunda maior em retorno de ICMS e a maior arrecadação de IPTU de Gravataí.

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