Quem passou nesta terça-feira (14) pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo, na Rua Júlio de Castilhos, no Centro, foi surpreendido pela cena que se repetiu durante meses: policiais militares fazendo custódia de presos que aguardavam vaga no sistema prisional. Havia dois detentos algemados do lado de fora da delegacia. O problema voltou, segundo a Justiça, porque os dois contêineres-cela, em funcionamento há menos de duas semanas no Instituto Penal de Novo Hamburgo para desafogar as delegacias da região, tiveram que passar por manutenção.
Segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Novo Hamburgo, Carlos Fernando Noschang Júnior, os detentos foram retirados das celas no início da manhã e deslocados para a DPPA porque os contêineres passariam por melhorias e adaptações. "Como esse projeto é pioneiro, já esperávamos pela necessidade de algumas mudanças. A fase de ajustes faz parte da adaptação e, em uma semana e meia, vimos algumas adequações necessárias", explica.
A empresa que executou o projeto realizou melhorias durante a manhã e início da tarde de ontem, para então realizar o retorno dos presos. Entre as mudanças está a retirada do banco que ficava no interior da cela, além de reforço na estrutura, bloqueio de possíveis passagens e troca de peças depredadas.
Mesmo com a necessidade de ajustes dos contêineres, Noschang avalia positivamente o funcionamento da estrutura. Segundo ele, o fluxo é mantido como anteriormente acontecia nas DPPAs. A parceria com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), conforme ele, garante a transferência dos presos para os presídios conforme liberação de vagas. "O mais importante é que não há mais prejuízo ao policiamento, com viaturas e policiais parados nas delegacias", finaliza.