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A corregedoria da Brigada Militar (BM) informou a prisão de três PMs e o afastamento de outros cinco da corporação, sendo que dois dos presos e os outros cinco retirados de suas funções eram servidores que atuam no 15.º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Canoas. Os mandados de busca foram cumpridos não só em Canoas, mas também em Porto Alegre e Jaguarão, no sul do Estado, onde vivia um dos PMs.
A ação da corregedoria surgiu visando a apurar denúncias da comunidade sobre irregularidades na conduta dos brigadianos durante o cumprimento do dever. Os nomes dos PMs envolvidos são mantidos em sigilo porque a investigação ainda está em curso, segundo o major Clóvis Luan Alves, que coordenou a apuração da corregedoria. "São sete soldados e um sargento", aponta. "Um dos PMs faz parte do 20.º Batalhão que atua em Porto Alegre e os outros sete estavam ligados ao 15.º de Canoas."
Teve início em agosto do ano passado a apuração, conforme o major. Tudo o que foi coletado ao longo de seis meses de investigação resultou na prisão dos três brigadianos. Por uma decisão judicial, os outros cinco foram afastados de suas tarefas. "Caso nada se confirme contra estes cinco, eles poderão retornar a atuar na corporação, mas os outros três foram presos em flagrante", explicou. No caso dos soldados afastados, foi preciso desligá-los de qualquer vínculo com o órgão de segurança. "Nós recolhemos as armas, material de identificação e tiramos os nomes deles do sistema de consulta integrada, como é de praxe."
Envolvimento com o desvio de drogas e dinheiro?
Por conta da investigação estar acontecendo de forma sigilosa, o major não detalha quais são as acusações contra os PMs. Ele não confirma a informação que tudo se resume a desvios de drogas, dinheiro e munição ventilado pela imprensa ao longo desta quinta-feira. Ao mesmo tempo ele também não nega que possa existir o envolvimento de alguns soldados com o crime organizado. "Só o que posso dizer é que não são denúncias administrativas, mas dizem respeito a atuação destes policiais militares nas ruas", resumiu.
Por fim, Alves conclui dizendo que a Brigada Militar está nas ruas para servir e proteger, de forma que qualquer denúncia que não esteja condizente com a conduta adequada ao policial militar será apurada para que se tomem as medidas cabíveis. "Não é o ideal que PMs estejam envolvidos em qualquer atividade ilícita. Nosso trabalho é apurar as denúncias sempre que elas partirem da população."
