Publicidade
Descrição da foto: ACist: Oldemar Brahm ressalta que a educação contribui com os bons índices de empregabilidade
O presidente da Acist, Oldemar Plantikow Brahm, falou sobre a importância de se dar ênfase ao tema, que, na sua visão, contribui também para os bons índices de empregabilidade do Município no trimestre, destacando que a cidade tem o segundo lugar do Estado em saldo de empregos este ano. "Só que pra conseguir vaga, precisa de educação. Emprego existe, se quisermos melhorar a nossa cidade, a educação é a chave de tudo."
BEM POSICIONADO
O responsável pela apresentação do estudo foi o economista da Unisinos, Marcos Lélis, que ajudou na confecção do relatório. Ele explicou que o Boletim é dividido em dois blocos: um ligado à atividade econômica e, um segundo, associado a uma pauta, neste caso, a educação. Além de São Leopoldo, são levantados números de outras três cidades para fins de comparação: Gravataí, Canoas e Novo Hamburgo. "O que a gente vê é que São Leopoldo está muito bem posicionado na educação até o 9.º ano. As escolas municipais de São Leopoldo são algumas das melhores da região, na faixa do 9.º ano. Teria que melhorar um pouco até o 5.º ano, mas no 9.º ano, estamos muito bem", resumiu.
Para chegar à conclusão do estudo, foram trabalhados dados em cima das matrículas e do desempenho dos alunos a partir da Prova Brasil, aplicada nas escolas públicas de todo o País, para estudantes dos quintos e nonos ano do ensino fundamental. O levantamento teve como base as escolas da rede municipal das quatro cidades pesquisadas, não considerando os educandários estaduais e da rede privada. Por ele, foi possível perceber que há crescimento no número de matrículas no ensino infantil, em todas as cidades. São Leopoldo, por exemplo, passou de 6.351 matrículas em 2012, para 8.967 em 2018, ou seja, um crescimento de 41,2%.
Nos ensinos fundamental de 1º ao 5º ano, fundamental de 6º a 9º ano e médio, o número de matrículas vem caindo em todos os municípios e no Estado, seguindo a média nacional. Mas o que chama atenção é o número de matriculados na rede pública em cada fase. Conforme os últimos números, de 2018, 87,7% dos alunos matriculados de 1º a 5º anos estão na rede pública. Para estudantes de 6º a 9º ano, o percentual chega a 89,2% e para o ensino médio, ainda maior: 90% dos estudantes está na rede pública. “A gente começa a ver que a gestão pública se torna cada vez mais importante, em todos os tipos de classificação", colocou Lélis.
Para o índice de desempenho dos alunos, o Boletim Socioeconômico levou em consideração a Prova Brasil, aplicada para alunos de 5.º e de 9.º ano, em todas as escolas públicas do Brasil. O estudo foi baseado nas notas de todos os educandários da rede municipal leopoldense, nas provas realizadas em 2011, 2013 2015 e 2017. Pelos dados, São Leopoldo apresentou crescimento considerável, especialmente nas provas realizadas com alunos de 9.º ano, na edição de 2017.
“Em termos de classificação, São Leopoldo está no nível 3 em termos de matemática, Novo Hamburgo e Canoas também. Mas Gravataí, está no 2”, disse o economista da Unisinos. “Novo Hamburgo sempre esteve na primeira posição de 1.º ao 5.º ano e São Leopoldo sempre esteve na primeira posição de 6.º ao 9.º ano”, concluiu Lélis.
Além da divulgação das notas, a apresentação do Boletim contou com um painel que contou com a participação do secretário municipal de Educação, Ricardo da Luz, que detalhou o planejamento feito pela área para 2019 e 2020, a diretora da escola municipal Professora Maria Gusmão Britto, Maria Helena Tronquini, e o diretor da escola municipal Paul Harris, Ademir Auler, que contaram experiências de seus educandários, destaque nas notas da Prova Brasil. A mediação ficou por conta do diretor do Colégio Sinodal e vice-presidente da Acist, Ivan Renner.
O Boletim também apresentou a média geral das notas obtidas pelos alunos de 5º e 9º ano, nas provas de matemática e português, das quatro cidades estudadas. Pela comparação, São Leopoldo fica em terceiro na última classificação geral, de 2017, com 226,82 pontos, atrás de Novo Hamburgo, com 227,99, e de Canoas, que tem a melhor média: 231,50 pontos. Gravataí está na quarta posição, com 225,54 pontos.
Além dos dados com foco na educação, o Boletim também trouxe números ligados à atividade econômica, que mostraram que São Leopoldo deve chegar a 3,2% de crescimento neste trimestre, enquanto a previsão é de que no Brasil haja queda de 0,2%. “O principal fator desse crescimento é a geração de emprego, que foi positiva em São Leopoldo”, apontou o economista da Universidade do Vale dos Sinos, Marcos Lélis. No primeiro trimestre de 2019, São Leopoldo gerou 1.138 empregos, bem acima dos outros municípios estudados e mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2018: 491 empregos
