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Notícias | Região Operação Cartel

'Tropa de choque' de facção sequestrava, roubava bancos, casas, carros e joalherias

Seis do bando dos Bala foram capturados na manhã desta quinta-feira (6) em Canoas

Publicado em: 06.06.2019 às 10:53 Última atualização: 06.06.2019 às 13:04


Polícia Civil/Reprodução
Polícia Civil fez operação contra facção dos Bala na manhã desta quinta-feira (06)
Foi o roubo de uma caminhoneta Toyota Hilux no bairro Niterói, em Canoas, que chamou a atenção da Polícia Civil para os ataques de um bando cuja meta era abastecer financeiramente a facção dos Bala. A investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas começou há três anos, chegando à conclusão que um mesmo grupo sequestrava, assaltava bancos, explodia caixas eletrônicos, roubava joalherias, residências e veículos a fim de garantir fundos para uma das mais temidas organizações criminosas do Estado. Algo precisava ser feito. Por isso a Operação Cartel foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (6), mirando desmembrar justamente a "Tropa de Choque" dos Bala.

Nove mandados de busca e apreensão e mais sete de prisão foram executados, garantindo a prisão de seis criminosos. De acordo com a delegada Adriana Regina da Costa, chefe do Departamento de Polícia Metropolitano (DPM), a operação foi importante não só por quebrar um braço da facção, mas também por garantir a apreensão de um grande montante em dinheiro ligado aos Balas. "Contamos com a parceria do Ministério Público na apreensão de bens e muito dinheiro ligado a facção", frisou. "A Polícia Civil tem se esforçado muito não só em levar criminosos à prisão, mas também em atacar o patrimônio financeiro que movimenta as quadrilhas em ação no Estado."

Um dos criminosos morreu durante assalto a banco

Ao todo, dezenove pessoas foram investigadas durante a Operação Cartel. Entre elas estava o bandido conhecido como Anderson da Silva Santos, vulgo "Bozo", que seria o líder da tal "Tropa de Choque" dos Bala. Porém, não deu tempo da polícia prender o "Bozo". Ele acabou sendo morto durante um assalto a uma agência do Banco do Brasil, em Santa Catarina, em 2017. Para quem não lembra, outros três criminosos foram mortos no tiroteio que terminou também com um delegado baleado. "Eles são todos criminosos com alto grau de periculosidade", frisa o delegado Thiago Lacerda, que coordenou a ação da Draco. "Todo o dinheiro reunido por roubos acabava servindo para a compra de armas e drogas."

Além do "Bozo", um mandado de prisão preventiva foi garantido contra José Dalvanti Nunes Rodrigues, vulgo "Minhoca", apontado como sendo outra das lideranças do grupo. "Minhoca", no entanto, já está confinado Penitenciária Federal desde o ano passado.

 

Tinham poder e cartel. E agiam 'na selva'

Não foi por acaso que a ofensiva se chamou Operação Cartel. Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Mario Souza destaca que a forma de agir dos bandidos não diferia tanto do modus operandi de grandes carteis, incluindo pelo emprego de sequestro, tortura e morte. Em uma conversa interceptada em um telefone celular, os bandidos falavam da necessidade de "sequestrar uma vítima, levar para selva e dar uma torturada" a fim de conseguir informações. "Eles não mediam esforços para se fortalecer. E isso incluía sim a tortura e a morte de vítimas."

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