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Notícias | Região Justiça

29 anos de prisão para acusado de matar homem a facadas em São Leopoldo

Crime aconteceu em abril de 2013 no bairro Rio dos Sinos. Julgamento ocorreu na terça-feira (18)

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 19.06.2019 às 14:22 Última atualização: 19.06.2019 às 14:23

Seis anos depois de um homem ser morto a facadas dentro de casa no bairro Rio dos Sinos em São Leopoldo, o acusado do crime foi julgado no Foro da cidade. Altair José Simões, o Taico, de 41 anos, foi condenado, na terça-feira (18), a 29 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pela morte de Olívio Souza. O crime do qual Simões era acusado aconteceu na madrugada de 12 de abril de 2013, na residência da vítima, na Rua Quaresmeira. Souza, na época com 63 anos, foi morto com sete facadas que o atingiram as costas, os braços e o pescoço. Ele morreu no local. Um adolescente de 14 anos também ficou ferido em um dos braços.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), na data, Simões teria invadido a casa de Souza que seria atual namorado de sua ex-companheira, com quem havia mantido relacionamento por cerca de 10 anos. Após arrombar a porta da frente da residência, teria se deslocado até o quarto do casal desferindo os golpes contra a vítima. O adolescente, filho da mulher, teria restado ferido em um dos braços no momento em que tentava intervir em favor da vítima. A morte de Souza, conforme o MP, foi cometida por motivo torpe, em razão de que ele matinha um relacionamento amoroso com a ex-companheira do denunciado e por meio que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que ela foi atacada enquanto dormia e com facadas nas costas, sem que tivesse havido qualquer discussão prévia, cerceando qualquer chance de se defender das agressões sofridas.

No júri, a defesa do réu, feita pelo defensor público Lisandro Luis Wottrich, alegou a versão dada pela mulher e pelo adolescente em juízo três anos depois do crime e que revelava que Simões teria agredido a vítima para protegê-los. “Na época do crime, o adolescente disse não ter reconhecido o autor das facadas. Três anos depois a mulher e o filho mudaram o depoimento em frente a juíza, em Santa Cruz, onde moram. Nesta ocasião, disseram que na época do fato, moravam em uma peça alugada por Olívio e que Altair os visitava. Na data, Olívio teria tentado agarrar a mulher à força no momento em que Altair chegava no local. Ele então teria desarmado Olívio o acertando com as facadas. O réu também restou golpeado, pelo menos três vezes, nos braços e no tribunal mostrou os ferimentos aos jurados”, comenta Wottrich.

Segundo ele, o acusado foi preso dois anos e 10 meses após o crime e, desde então, segue recolhido no sistema prisional. “Ele alega que nunca tinha terminado o relacionamento com a companheira, tanto que ela visitou ele diversas vezes na cadeia e seguem se relacionando até hoje”, diz o defensor que garante ter apelado da sentença por considerá-la “exagerada e fora dos padrões”. “A defesa respeita a decisão dos jurados, mas entramos com recurso para baixar a pena. Em casos parecidos a pena ficou em 16 anos. Estamos confiantes de que dessa vez ela também será reduzida”, garante.

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