Previsto para ser apreciado na tarde desta terça-feira (25) em Plenário, o parecer prévio elaborado pela Corregedoria da Câmara de Vereadores, em favor do acolhimento da denúncia contra Alessandro Melo (PP) por quebra de decoro parlamentar, não será apreciado nesta sessão.
A pedido de Melo foi agendada uma reunião com o corregedor da Casa, o vereador Leonardo Braga (PSDB), na segunda-feira. Além do progressista, os advogados de Melo, Rafael Noronha e Pablo Aboal também participaram do encontro.
Durante a conversa ficou determinado que, em virtude do curto espaço de tempo desde a soltura do parlamentar, que ocorreu no sábado à noite, após habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, o Legislativo concederá à defesa a chance de apresentar seus argumentos para solicitar o arquivamento da denúncia.
"Com isso, os advogados terão até quarta ou quinta-feira desta semana para protocolar na Casa uma manifestação oficial. Entretanto, impreterivelmente, o parecer será votado na próxima sessão, dia 2 de julho", assegura Braga.
Apesar disso, o corregedor reforça que o parecer está pronto e estará mantida a orientação para que o pedido, protocolado por Sandro Seixas (DEM) ainda na segunda-feira da semana passada, seja apreciado na Comissão de Ética. "A alegação foi que os vereadores não poderiam votar o parecer sem ter uma posição da defesa. Vamos conceder a solicitação, pois há previsão no regimento, que estabelece a leitura do parecer em até três sessões", confirma Braga, citando que entre a documentação anexa ao texto, estará o boletim de ocorrência encaminhado pela Polícia Civil à Câmara.
Vereador estará na sessão
Procurada, a defesa do vereador progressista informou que Alessandro Melo comparecerá à sessão legislativa da tarde desta terça-feira. Conforme um de seus advogados, Rafael Noronha, o parlamentar “cumprirá normalmente suas atividades”, reforçando a participação do progressista em plenário. Entretanto, não está definido se ele ocupará a tribuna para se manifestar publicamente pela primeira vez desde a prisão, no dia 13 de junho, pelos supostos crimes de porte ilegal e comércio ilegal de arma de fogo.
Sobre o estado emocional de Melo e do parobeense Claudio Carrao da Silva, 37 anos, suposto comprador do revólver calibre 38 apreendido com o parlamentar no bairro Amaral Ribeiro, em Sapiranga, o defensor frisou que ambos estão abalados, mas tentam “retomar suas vidas”.
Noronha disse na segunda-feira que, inicialmente, o vereador não concederá entrevistas para tratar do assunto. Por conta disso, a estratégia adotada pela defesa será preservar Melo de exposições neste momento.