A capotagem na RS-239, em Nova Hartz, que resultou na morte de um menino de apenas 4 anos e em ferimentos graves do irmão de 8, aconteceu por uma sucessão de erros e imprudência da motorista. Conforme a Polícia, a mãe das crianças, mesmo se recusando a fazer o teste do bafômetro, admitiu ter ingerido bebida alcoólica. Ela também afirmou que não se recorda de ter usado cinto de segurança nos meninos. No caso do filho de 4 anos seria necessário o uso de um assento de elevação. Mesma indicação para o irmão, em se tratando de uma criança miúda. A lei brasileira de trânsito impõe.
Mas não foi o que aconteceu. As crianças foram ejetadas para fora do carro e, com ferimentos graves, levadas para o hospital de Sapiranga. O menino de 4 anos morreu ao dar entrada na casa de saúde. O irmão foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre. Ferida, a mãe foi atendida em Sapiranga e liberada na tarde desta segunda-feira.
O 1º comandante do Pelotão Rodoviário de Sapiranga, sargento Dalvo Tadeu da Rocha, destaca que a RS-239 é uma das rodovias mais violentas do Estado, mas que em alguns casos, os acidentes só ocorrem por imprudência dos motoristas, como na capotagem envolvendo a família de Sapiranga. "Temos que entender que em muitos casos não se trata de acidente, mas sim de imprudência. Quando a criança não está com cinto de segurança, cadeirinha de elevação, estamos falando em um homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar, pois é uma imprudência do condutor, é um crime de trânsito", salienta.
O caso foi registrado na Polícia Civil como homicídio culposo. Procurado, o delegado de Sapiranga, que responde por Nova Hartz e ficará com a investigação, Fernando Pires Branco, afirmou que, como a delegacia de Nova Hartz está em processo de mudança de prédio – a inauguração será na quarta-feira –, ele não tem como se manifestar a respeito da investigação com propriedade. "Nós trataremos do caso com a atenção que ele merece", destacou.