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Notícias | Região Dificuldades financeiras

Com recuperação fiscal, Paquetá pagará bancos, fornecedores e processos trabalhistas

Sócio do escritório que coordena recuperação judicial da empresa destaca que faturamento é quase o dobro do montante das dívidas

Por Nicolle Frapiccini
Publicado em: 26.06.2019 às 03:00 Última atualização: 26.06.2019 às 10:59

Foto por: Reprodução/ Paquetá
Descrição da foto: Paquetá entrou com pedido de recuperação judicial
Quatro dias após completar 74 anos no mercado, o grupo Paquetá The Shoe Company, com sede em Sapiranga, ingressou com pedido de recuperação judicial. A ação foi protocolada no sistema do Judiciário gaúcho às 22h30 da última segunda-feira.

O valor das dívidas cobertas pela proposta de recuperação judicial, que será analisada pela juíza substituta da 2ª Vara Cível da Comarca de Sapiranga, Káren Danilevicz Bertoncello, é de R$ 638.477.488,90. A longa lista de credores do grupo é formada por bancos, fornecedores, questões trabalhistas, entre outros.

O maior montante, conforme Márcio Louzada Carpena, sócio da Carpena Advogados, escritório que coordenada juridicamente o grupo formado pela Paquetá para o processo ao lado da Galeazzi (consultoria financeira) e o escritório de advocacia João Pedro Scalzilli (responsável pela condução processual), é de fornecedores.

"A recuperação judicial é um processo de superação de um estado de dificuldade. Nos preparamos durante dez meses antes de entrar com o pedido. Não é um desafio pequeno, é grande e exige cuidado", fala Carpena, ao destacar que o faturamento da empresa, acima de R$ 1,3 bilhão, é quase o dobro do montante das dívidas. 

Durante todo o processo - desde o pedido na noite de segunda-feira -, o grupo Paquetá seguirá funcionando normalmente. "Pelo tamanho, porte e faturamento do grupo, a recuperação judicial da Paquetá estaria em primeiro lugar no Estado das mais fáceis", afirma Carpena.

Dos mais de R$ 638 milhões em dívidas , cerca de R$ 393 milhões, caso deferido o pedido, serão submetidos ao plano de recuperação judicial. Os outros R$ 245 milhões correspondem a credores que têm garantia, como alienação fiduciária ou estão relacionadas a adiantamentos de contrato de câmbio, restantes não entram.

 

Manifestação nos próximos dias

Conforme a comarca de Sapiranga, Káren Danilevicz Bertoncello será a juíza responsável por deferir ou não o processo de recuperação judicial. Até o meio da tarde de ontem, o processo estava com uma diligência pendente no cartório e por isso ainda não havia ido para apreciação da juíza. Assim que chegar na mesa da juíza, pela legislação Káren tem cinco dias para se manifestar.

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