Novo Hamburgo coleciona algumas "novelas". Além da Avenida dos Municípios, que talvez seja a mais cheia de capítulos, existe uma outra, um pouco mais recente. É a área que fica no quarteirão entre as Ruas Marcílio Dias, Imperatriz Leopoldina, 5 de Abril e Avenida Nações Unidas, desapropriada para a construção do Complexo de Integração Intermodal em 2012.
O projeto foi apresentado à Prefeitura em 2017 pela Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S. A. (Trensurb) e o consórcio Verdi-Cádiz. e funcionará junto à estação Novo Hamburgo. Ele prevê a construção de um centro comercial com 5,7 mil metros quadrados (m2) e área de integração de 13,1 mil m2 num terreno de 14,4 mil m2, com um investimento estimado de R$ 12 milhões por parte do consórcio Verdi-Cádiz. Mas até agora nada saiu do papel.
No ano passado, a Prefeitura solicitou um estudo de impacto de vizinhança à Trensurb e ao consórcio Verdi-Cádiz. O estudo, que conforme a Prefeitura tem mais de 300 páginas e foi entregue no dia 29 de maio, está sendo analisado por diferentes diretorias técnicas, entre elas equipes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Diretorias de Trânsito e Transporte, além da própria equipe do Plano Diretor Municipal.
Ainda segundo a Prefeitura, após a conclusão dos estudos do impacto de vizinhança (EIV), o que deve ocorrer durante o segundo semestre, será emitida uma diretriz urbanística especial que dará base para que o consórcio finalize e entregue todos os projetos do Complexo de Integração Intermodal. Antes mesmo do EIV, a Prefeitura já havia pedidos alterações no projeto original.
Para efetuar a desapropriação da área, a Trensurb desembolsou aproximadamente R$ 10 milhões e, por meio de processo licitatório, concedeu a exploração do espaço para o consórcio Verdi-Cádiz por 30 anos, pelo valor de R$ 29,4 mil mensais.
Em 2017, a Prefeitura recebeu o projeto do complexo. E de lá para cá foram solicitados ao consórcio alguns ajustes no projeto e um estudo de impacto de vizinhança, que foi realizado e entregue à Prefeitura em maio deste ano.
Em abril de 2017, reportagem do Jornal NH mostrou o abandono do local onde um dia deverá ser erguido o complexo que deve unir mobilidade e comércio. Ainda há mato e animais peçonhentos, conforme moradores.
A expectativa é de que a parte burocrática se resolva e tenhamos novidades no segundo semestre.
De acordo com o representante do consórcio Vérdi-Cádiz, Laerte Sopper, não há previsão para o início da obra do Complexo Intermodal e o consórcio seguirá aguardando retorno da Prefeitura de Novo Hamburgo. "O estudo foi exigido e apresentado e está sob análise da Prefeitura, portanto, não há previsão para início de obras por enquanto", afirma Sopper.
Conforme o projeto inicial, a previsão é que o complexo, que ficará no Centro da cidade, conte com espaço para 20 ônibus, bicicletário com 32 vagas, quatro vagas para táxi, sete vagas para moto-táxi, estacionamento para automóveis particulares com cerca de 260 vagas e aproximadamente 230 espaços comerciais.