Os números da criminalidade do primeiro semestre, divulgados nesta semana pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), mostram queda nos índices de violência em relação ao mesmo período do ano passado em Novo Hamburgo. Segundo gestores da segurança pública do Vale do Sinos, ações integradas e planejamento do combate ao crime conforme demandas estratégicas têm sido a fórmula para a redução dos números.
O roubo de veículo, que se transformou numa chaga da segurança pública, apresenta a maior queda em números absolutos. Foram 227 ataques armados a menos contra motoristas em Novo Hamburgo, numa redução de 44%. Latrocínios (roubos com morte) não aconteceram neste ano na cidade. Em 2018 foram dois, ambos no primeiro semestre. "Não é uma regra matemática, mas, pela lógica, quanto menos roubos de veículos, menores as chances de latrocínio, pois geralmente é para subtrair o carro que delinquentes costumam alvejar vítimas", observa o diretor da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), delegado Eduardo Hartz.
Ele ressalta a importância dos índices, mas destaca a constante atenção ao cenário. "É necessário acompanhar par e passo a diminuição ou o crescimento dos índices. Estamos trabalhando para que reduzam, dentro de um trabalho integrado com Brigada Militar e guardas municipais."
Made withVisme
O titular do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO/VRS), coronel Vitor Hugo Konarzewski, atribui a queda da criminalidade a uma série de fatores, como trabalho de inteligência policial, e observa que a corporação não pode esmorecer. "É incessante. Nunca está bom. Temos que continuar prendendo e ter para onde levar os presos."
A inteligência, conforme ele, está no monitoramento dos pontos mais preocupantes para planejar as ações. "Temos que destacar também o policiamento comunitário, que levanta informações com os moradores no sentido de identificar criminosos, e enaltecer a integração com órgãos como a Polícia Civil." O coronel acrescenta que os índices apresentam queda também no Vale do Sinos. "Estamos alcançando resultados positivos, mesmo com carências de equipamentos e efetivo."