Com quatro mortes em menos de uma semana, RS-239 soma 13 vítimas fatais em 2019

A rodovia figura entre uma das mais perigosas do Estado. O dado preocupa, pois o índice vinha em queda. Em 2017, foram 31 mortes na via e, em 2018, o número reduziu para 19. Agora, em 2019, as vítimas fatais já ultrapassaram metade do total do ano passado. No final do mês de junho, o Jornal NH já havia publicado uma reportagem alertando sobre os índices alarmantes de mortalidade na rodovia. Na ocasião o primeiro comandante do Pelotão Rodoviário de Sapiranga, sargento Dalvo Tadeu da Rocha, atribuiu o principal problema a forma como a rodovia foi construída, cheia de retornos, que coloca em risco o usuário.

Recentemente, no dia 24 de junho deste ano, o Jornal NH publicou matéria apontando os problemas da rodovia que trazem riscos aos motoristas. Na ocasião, dois acidentes graves no final de semana tinha tirado a vida de três pessoas. Em um deles, a vítima falta foi uma criança de 4 anos, na altura de Nova Hartz. No outro, mãe, 69, e filho, 40, morreram, em um retorno de Campo Bom.

Capotagem violenta

De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), o jovem perdeu o controle do carro próximo a um controlador de velocidade, saiu da pista, capotou e só parou ao atingir algumas árvores que ficam junto à rodovia. Mariano, que estava sozinho no veículo, chegou a ser socorrido com vida para o Hospital Sapiranga, mas não resistiu aos ferimentos. A casa de saúde confirmou que ele morreu por volta das 4 horas deste sábado.

RS-239: uma rodovia de mais de 123 km

A RS-239 liga o município de Portão à localidade de Barra do Ouro, em Maquiné. A estrada cruza os municípios de Estância Velha, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Araricá, Nova Hartz, Parobé, Taquara, Rolante e Riozinho e é uma das importantes vias de ligação entre o Vale do Sinos ao litoral norte. A rodovia, que é duplicada entre Estância Velha e Taquara, tem pouco mais de 123 quilômetros de extensão. Oito quilômetros não são asfaltados, entre Riozinho e Barra do Ouro.