Quem abasteceu o carro em Novo Hamburgo na manhã desta segunda-feira (15) levou um susto. A gasolina comum teve um grande salto no valor do litro, em alguns postos o aumento chegou a quase R$ 0,60. Se até ontem era possível abastecer por R$ 4,17, R$ 4,19, hoje o litro da gasolina pode ser encontrado por R$ 4,75.
Alguns postos, que não são bandeirados, ainda forneciam o litro da gasolina comum pelo mesmo preço do final de semana, entre R$ 4,11 e R$ 4,15. Mas a estimativa destes postos, de redes menores, era aumentar o valor ainda nesta tarde.
O aumento vem sendo sentido na região metropolitana desde a última sexta-feira. Em Canoas, o aumento do litro ocorreu durante o final de semana e também ficou na média dos R$ 0,60.
Em nota, o Sulpetro, sindicato que representa os postos de combustíveis do Estado, informou que a variação de preços está atrelada à pura concorrência de cada região, por conta de uma diminuição nas vendas.
O sindicato informou ainda que a alta carga tributária, nacional e estadual, incide de forma significativa sobre o valor do combustível. “Estima-se que 120 postos encerraram suas atividades no Rio Grande do Sul no ano passado”, diz parte da nota.
"O Sulpetro - Sindicato que representa os postos de combustíveis do RS - atribui a variação de preços dos combustíveis à pura concorrência de cada região, pois as vendas nos estabelecimentos estão muito baixas. Os postos de combustíveis estão tentando sobreviver com as reduzidas e já baixíssimas margens de lucro.
O efeito gangorra de preços deve ocorrer frequentemente. Como os preços são livres, cada posto deve saber sua realidade e busca sobreviver de forma digna no setor.
Além disso, o preço de pauta sobre o qual incide a alíquota de 30% de ICMS (a terceira maior do país) está em R$ 4,8369. O Sulpetro não tem como prever como o mercado irá se comportar, pois muitas variáveis influenciam no preço final. A alta carga tributária (nacional e estadual) contribui decisivamente no processo todo. Somente na gasolina, são quase 50% de impostos que incidem sobre o preço do produto: são 17% de Cide, PIS/Pasep e Cofins, e outros 30% de ICMS.
O mercado é extremamente competitivo e cabe a cada revendedor definir suas políticas de preços, com base em suas condições de compras juntos às distribuidoras.
Estima-se que 120 postos encerraram suas atividades no RS no ano passado, dentro de um universo de 2.800 estabelecimentos comerciais.
O Sulpetro ressalta ainda que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada posto revendedor decidir o preço de venda dos seus produtos, de acordo com suas estruturas de custo."