Estamos vivenciando mais uma onda severa de frio e querendo garantir um inverno quentinho para quem precisa, os bancos de agasalho municipais têm tido um período de trabalho árduo para driblar as dificuldades. E um dos principais problemas vivido pelo Banco Municipal do Agasalho de São Leopoldo tem sido a redução no volume de doações, entre os motivos, pode-se destacar a crise que tem feito as pessoas terem menos poder aquisitivo, assim comprando menos e consequentemente possuindo menos peças para doação.
"Temos um percentual de doação inferior a 2017 e 2018, quando em quatro meses recebemos, 40 mil e 37 mil peças respectivamente. Até o momento temos 22 mil itens arrecadados. Por experiência própria e acompanhando as pessoas ao meu redor, não vejo que a cultura da doação se perdeu em São Leopoldo, a solidariedade continua em foco, porém, infelizmente as pessoas não têm conseguido doar por falta de recursos e essa falta de recursos tem feito que mais pessoas precisem do Banco do Agasalho", conta a coordenadora do Banco do Agasalho, Elisandra de Oliveira Pinheiro, 44 anos.
Outro grande problema tem sido a falta de peças para o frio. "Temos recebido muitas peças de verão, o que nesse momento não supri nossa necessidade de ajudar as pessoas a enfrentarem o inverno. Nossa maior necessidade são casacos, cobertores e peças de lã, além de peças e calçados infantis", diz a coordenadora do banco.
Para a dona de casa, Denise da Silva Avila, 38, o Banco do Agasalho é fundamental para enfrentar o inverno rigoroso. "Venho buscar para mim, meus filhos e o senhor que cuido. Não tenho condições de comprar roupas e sem isso aqui seria muito difícil", conta a mãe de três filhos.
Esse também é o caso de Juliana da Silva Dias, 39, que a cada duas semanas vai ao banco em busca de roupas para ela e para os filhos. "Graças a Deus temos esse lugar, sem o banco não teríamos como, principalmente durante o inverno. Se não pudesse buscar roupa aqui, eu e meus filhos passaríamos frio", fala Juliana.
A coordenação do Banco do Agasalho leopoldense conta que planeja para a campanha de 2020 instruir a população a doar aquilo que usaria. "Não conseguimos dar conta de higienizar tudo, então pedimos que venham limpinhas e sempre frisando que precisam estar aptas para o uso. Só doem aquilo que vocês usariam. Infelizmente, nem todas as pessoas pensam dessa maneira e por isso temos 70 sacos de roupas que não poderão ser aproveitadas, pois estão sem condição de uso, algumas completamente mofadas ou rasgadas", conta Elisandra.
Banco Municipal do Agasalho fica na sala 14 do Ginásio Municipal Celso Morbach (Av. Dom João Becker, 271, Centro, São Leopoldo).
As doações podem ser feitas no local de segunda a quinta-feira, das 8 às 14 horas.
O Banco do Agasalho, além de peças de roupa, também aceita a doação de livros, brinquedos, cobertores, lençóis e toalhas de banho. Quem desejar realizar doações pode ir ao local de segunda a quinta-feira, das 8 às 14 horas, o mesmo serve para quem desejar buscar peças. Mas para aqueles que quiserem pegar doações mensalmente é necessário fazer um cadastro no Cras. "Quem não conseguir vir aqui fazer a doação, pode procurar um dos nossos pontos de coleta, que estão localizados na Prefeitura, na Guarda Civil Municipal, nos supermercados Rissul, no Bourbon, nos CFCs Sinos e Valderez, no Semae e demais localidades da cidade", completa a coordenadora.