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Notícias | Região Política

Justiça afasta quatro vereadores de Sapiranga por suspeita de corrupção

Decisão foi tomada pela Vara de Execuções Criminais do município

Publicado em: 18.07.2019 às 08:06 Última atualização: 18.07.2019 às 09:27

Foto por: Reprodução
Descrição da foto: Alessandro Melo (PP), Cesino Nunes Carvalho, o Dula (PP), Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT) e Leonardo Braga (PSDB)
Uma decisão surpreendente colocou quase um terço da Câmara de Vereadores em xeque. Na quarta-feira (17), o juiz substituto da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Sapiranga, Carlos Fernando Noschang Júnior, decidiu acatar o pedido encaminhado pela Polícia Civil e afastou quatro vereadores do município de suas funções. O período de validade da decisão ainda não foi confirmado.

Deles, dois são integrantes do Partido Progressista. Alessandro Vargas de Melo, que está envolvido na segunda polêmica de grande repercussão em pouco mais de um mês, e Cesino Nunes de Carvalho, o Dula. Além deles, os demais envolvidos no caso são Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT) e Leonardo Braga (PSDB), que é corregedor do Legislativo e presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

Os parlamentares que sofreram as implicações receberam as notificações, por intermédio de oficiais de Justiça, ainda durante a noite. Além disso, a decisão tem caráter imediato. Em comum, os quatro vereadores são estreantes na Casa e estão concluindo o primeiro mandato.

Já a presidente da Câmara de Vereadores, Olívia Steigleder (PP), confirmou que ainda não recebeu a notificação formal.

Implicações

As causas que motivaram o pedido encaminhado pela polícia ao Judiciário ainda são desconhecidas, já que o processo tramita em segredo de Justiça, pelo que foi apurado pela reportagem ontem. Apesar disso, o delegado Fernando Pires Branco revelou somente o que motivou as apurações ocorridas até aqui. “Foi uma investigação da Polícia Civil que apurou fatos ocorridos na eleição da Mesa Diretora”, disse. Em virtude do sigilo levantado até aqui, Branco evitou entrar entrar em maiores detalhes sobre o caso.

Dos quatro vereadores afastados, Melo e Pegoraro lideraram a chapa que concorreu contra a Olívia, e acabaram derrotados por apenas um voto.

Eleição acirrada

A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores ocorreu no dia 20 de dezembro. Pela primeira vez na história do Legislativo local, duas chapas participaram do processo que definiu quem comandaria a Casa no ano seguinte, ou seja, em 2019. Olívia, a vencedora, derrotou Alessandro Melo por apenas um voto de diferença.

Mesmo sendo colegas de partido, o clima durante a corrida não foi nada amistosa. Muito pelo contrário. O placar apertado deixou algumas feridas que ainda não cicatrizaram.

Em ambos os lados, sobraram acusações de manobras e arranjos políticos.

Os envolvidos

Carvalho, Melo e Pegoraro são figuras conhecidas no meio político sapiranguense. Apesar disso, conseguiram ingressar no Legislativo apenas em 2016. A primeira disputa do pedetista ocorreu em 2012, quando ficou como suplente.

Dula precisou de três tentativas, e um novo partido, no caso o PP, até garantir uma das 15 cadeiras da Câmara. Nos anos de 2004 e 2008 bateu na trave quando disputou as duas eleições pelo PSDB. Enquanto isso, Alessandro Vargas de Melo também alcançou apenas a suplência, em 2008, quando postulou o cargo. Mês passado, o parlamentar foi preso em flagrante pela Polícia Civil durante a negociação de um revólver calibre 38.

Único estreante nas urnas há três anos, Leonardo Braga foi eleito na primeira tentativa. O tucano, que é presidente da Juventude do PSDB estadual, ainda integra o Movimento Brasil Livre (MBL). O grupo liderou manifestações e mobilizações pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

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