Depois do afastamento de quatro vereadores de Sapiranga após investigação a respeito de compra de votos, lideranças partidárias se pronunciaram a respeito do caso.
O presidente estadual do Partido Progressista (PP), Celso Bernardi, disse desconhecer a investigação que afastou dois vereadores do sou partido, Alessandro Mello e Dula. "Vou procurar me inteirar. Sabia que havia um processo sobre venda de arma, mas que seria algo particular. Esse elemento é novo e não tenho como opinar antes de apurar o comportamento ético dos vereadores", disse. Bernardi explicou que qualquer filiado do diretório local pode encaminhar ao diretório estadual um processo ético que pode culminar na expulsão dos vereadores da sigla. "É sempre algo muito desconfortável para o partido", explica Bernardi, lembrando que neste ano já houve a expulsão de três vereadores no Estado.
O presidente do PDT estadual, deputado federal Pompeo de Matos, revelou que Valmir Pegoraro, o Baxo, entrou em contato logo pela manhã. "Achei uma atitude importante. No contato ele se disse injustiçado e, segundo o vereador, as gravações fazem ilações. Ele se diz inocente", garantiu Pompeo. O dirigente da sigla afirmou em que Baxo admitiu negociações políticas, envolvendo cargos, consideradas normais em sua visão, mas negou qualquer tipo de pagamento ou vantagens financeiras.
"Fui pego de surpresa e não tenho grande conhecimento sobre o fato. Agora, assim como qualquer instituição ou empresa, ninguém está livre de seus membros serem investigados e julgados. O que o PSDB tem que fazer é adequar os fatos e os atos dos filiados dentro do seu código de ética", disse o deputado federal Lucas Redecker, uma das lideranças locais do partido na região, sobre o envolvimento do vereador Léo Braga. "Temos que aguardar. Ele é um jovem, foi presidente da Juventude do PSDB. Precisamos primeiro ter acesso aos fatos para não tomar decisões antecipadas".
O cofundador e coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, disse que o vereador Léo Braga estava mais ligado às questões do seu partido, o PSDB, que ao movimento. O dirigente diz que não teve mais contato com Braga. "Ele já estava afastado. Participou de alguns dos encontros, mas nunca foi um cara presente". Sobre o envolvimento do vereador no caso. "O que ele fez é deplorável. Sempre que alguém adere ao MBL sabe: andou fora da linha, é rua", afirmou. Conforme a investigação, o vereador é suspeito de corrupção passiva e teria recebido R$ 10 mil reais para votar na chapa de Alessandro Melo. Depois, teria tentado devolver e votado na chapa de Olívia Steigleder.