No fim de semana, o leopoldense Laerte Batista Alves, 43 anos, estava em Novo Hamburgo e abasteceu o veículo particular com gasolina comum ao custo de R$ 4,09 o litro. Na segunda-feira, o mais barato que encontrou, desta vez em São Leopoldo, foi R$ 4,70. Ontem, em nova necessidade de abastecimento, o valor foi encontrado, em posto na Avenida Frederico Wolfenbuttel, por R$ 4,45. "Sempre coloco cem reais. Depois de abastecer na segunda-feira, tive de vir mais rápido ao posto", contou Laerte, que afirmou estar preocupado com a variação e possíveis novos aumentos.
As explicações para mais uma mexida nos algarismos seguem sem um ponto de partida oficial. O gerente deste mesmo posto, Ederson Fontes, afirma que o mercado tem regulamentado as alterações nas placas que atraem os condutores. "A verdade é que não teve venda nenhuma. Cada um sabe e valoriza o dinheiro que tem." Pontes tratou dos desencadeamentos que os valores nas bombas oferecem. Segundo o gerente, sem um preço atrativo, baixam as vendas da loja de conveniência e também as trocas de óleo. "Temos uma margem para o litro da gasolina que é sempre respeitada. O dia que aumentou, ninguém passou por aqui, aí tivemos a redução de 50% das vendas na loja de conveniência e também nas trocas de óleo. É um combo", garantiu Pontes. Em tempos de alta concorrência e variações, o gerente afirma que mantém sempre os funcionários sob supervisão para fidelizar clientes em meio a um tratamento diferenciado. "O mesmo acontece quando vamos a qualquer estabelecimento. Pode ser um diferencial", garante o gerente Pontes.
Nesta semana, os postos que apontaram preços acima de R$ 4,70 brecaram uma sequência de oito semanas de queda, de acordo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na pesquisa mais recente, realizada entre os dias 30 de junho e 6 de julho, o preço médio identificado pela ANP foi de R$ 4,23. No início da tarde de ontem, a reportagem do Jornal VS percorreu o Centro de São Leopoldo e repetiu movimento realizado na segunda-feira, quando percorreu dez postos da cidade. Os preços da quinta-feira estiveram entre R$ 4,45 e R$ 4,59. Dessa forma, os valores ofertados tiveram alterações mínima de 13 e máxima de 27 centavos.
Os preços altos, para os que precisam dos veículos para trabalhar, influem diretamente nos percursos, mas não indicam alternativas. O advogado Maurício Ricardo Alves, 33, conta que circula cerca de 400 quilômetros por semana. Com mais de três tanques de combustível por mês, Maurício abastece aos poucos para tentar não sentir no bolso tão diretamente os frequentes ajustes. "Eu rodo muito. Normalmente abasteço nos mesmos postos. A verdade é que a maioria tem a mesma dinâmica de mudar conforme o mercado." Alves conta que em Santa Catarina já abasteceu por valores inferiores. "E lá estão distantes das refinarias. Não dá pra entender."
Endereço Bandeira Segunda Ontem
Av. João Corrêa Shell R$ 4,75 R$ 4,59
Av. João Corrêa BR R$ 4,75 R$ 4,49
BR-116 Shell R$ 4,75 R$ 4,49
Av. Dom João Becker BR R$ 4,75 R$ 4,59
BR-116 Sem bandeira R$ 4,72 R$ 4,46
Av. Dom João Becker Ipiranga R$ 4,75 R$ 4,59
Av. Mauá Sem bandeira R$ 4,72 R$ 4,59
Rua João N. da Fontoura Sem bandeira R$ 4,72 R$ 4,56
Rua São Joaquim Ipiranga R$ 4,75 R$ 4,59
Av. Frederico Wolfenbuttel Sem bandeira R$ 4,72 R$ 4,45