Com dois vereadores afastados pela Justiça, o Partido Progressista (PP) de Sapiranga se manifestou oficialmente a respeito do caso ainda na noite de sexta-feira (19). Os nomes progressistas envolvidos são Alessandro Vargas de Melo e Cesino Nunes de Carvalho, o Dula. Exclusivamente em relação aos seus filiados, a Executiva Municipal confirmou que os membros do grupo responsável por coordenar a legenda na cidade participaram de uma reunião e definiram os primeiros passos a serem tomados pela sigla.
Nos próximos dias, o PP encaminhará uma solicitação à Justiça para obter cópias do processo que envolvem esses dois parlamentares e, posteriormente, encaminhará o material ao Conselho de Ética. Além disso, de forma contundente, o partido frisou, em nota, que, "o Progressistas repudia qualquer ato contra a lei e que as condutas dos vereadores ferem a imagem idônea que o partido construiu ao longo dos anos".
A dupla, assim como Valmir Pegoraro (PDT), deve responder por suposto crime de corrupção ativa. Segundo a Polícia Civil, o trio teria agido para comprar o voto de um parlamentar na disputa pela Mesa Diretora da Câmara no final do ano passado. O quarto envolvido é Leonardo Braga (PSDB), que teria recebido R$ 10 mil para apoiar a chapa de Melo.
O tucano, segundo a Polícia Civil, desistiu do acordo e votou em Olívia Steigleder (PP) para a presidência do Legislativo. Além disso, o vereador do PSDB teria tentado devolver os valores recebidos. Melo rejeitou a proposta. Segundo o delegado Fernando Pires Branco, áudios e mensagens trocadas entre os parlamentares, obtidos pela investigação com autorização do Judiciário, comprovariam a suposta negociação. A extração das mensagens foi concedida após a prisão de Melo, mês passado, por comércio ilegal e porte ilegal de arma de fogo.
"A Executiva do Progressistas de Sapiranga vem a público para se pronunciar a respeito dos fatos ocorridos envolvendo dois vereadores da sigla, Alessandro Melo e Cesino Nunes de Carvalho. Em reunião nesta sexta, a Executiva decidiu que irá solicitar cópias do processo para posteriormente encaminhar para o Conselho de Ética, conforme previsto no estatuto. Reiteramos que o Progressistas repudia qualquer ato contra a lei e que as condutas dos vereadores ferem a imagem idônea que o partido construiu ao longo dos anos".