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Notícias | Região Operação Egypto

Investidores da Indeal realizam protesto na sede do MPF

Com cartazes de apoio à empresa, eles reivindicam autorização da Justiça Federal para que a Indeal realize os ressarcimentos

Por Felipe Nabinger
Publicado em: 26.07.2019 às 17:11 Última atualização: 27.07.2019 às 14:27

Apesar de todos os indícios já apurados de irregularidades na atuação da Indeal, um grupo de investidores (50 de acordo com a JFRS e mais de 200 de acordo com organizadores) da empresa envolvida na Operação Egypto reuniram-se no início da tarde desta sexta-feira (26) na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Porto Alegre. Com cartazes de apoio à empresa, eles reivindicam autorização da Justiça Federal para que a Indeal realize os ressarcimentos. "A empresa nos garantiu que tem os valores. A Justiça está prejudicando os investidores, alguns deles com poucos recursos e pessoas doentes na família", afirmou um corretor de imóveis de 56 anos, de Novo Hamburgo, que estava na manifestação e pediu para não ter seu nome divulgado. 

Como a sede da Justiça Federal do Estado, no bairro Cidade Baixa, realiza audiências com necessidade de operação especial da Susepe para a presença de criminosos em sextas-feiras, os representantes dos manifestantes não foram autorizados a acessar a 7ª Vara, onde tramita o processo. No entanto, foram recebidos pelo diretor da secretaria da vara, que atendeu a quatro deles em um hall do prédio. 

O que diz a JFRS

Segundo a assessoria de imprensa do JFRS, eles entregaram um abaixo-assinado pedindo a liberação do pagamento. O representante do judiciário explicou que esse tipo de pedido deve ser feito aparte do processo criminal ou então a empresa deverá apresentar um plano de pagamento ao MPF, provando que tem condições de arcar com os valores, o que já foi externado aos advogados da Indeal, ainda conforme o departamento de comunicação do Tribunal.

Esquema movimentou mais de R$ 1 bi

O MPF afirma que de agosto de 2017 a maio de 2019 os acusados disponibilizaram serviços ilícitos através de uma empresa sediada em Novo Hamburgo. Eles venderam aos potenciais clientes a ideia de investimento inovador, realizado mediante a aquisição e negociação de criptomoedas com promessa de remuneração de 15% ao mês. Foram captados mais de R$ 1 bilhão de 38mil pessoas físicas e jurídicas, sendo que a maior parte desse valor era de moeda nacional e pouco mais de R$ 41 milhões em bitcoins.

Eles aplicaram grande parte das parcelas destes recursos em modalidade de investimentodiferentesda prometida aos clientes. Além disso, destinaram significativa parte dos valores, direta ou indiretamente, aos sócios, seus familiares e colaboradores da empresa, que apresentaram aumento patrimonial de 114.000%, em alguns casos.

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