Entre a educação infantil e o quinto ano, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Harry Roth, de Novo Hamburgo, soma pouco mais de 450 alunos, 19 turmas e um prejuízo que ultrapassa R$ 6,5 mil. Tudo isso, porque na última terça-feira (30), a escola registrou o seu terceiro arrombamento em pouco mais de dez dias - o quarto do ano. Um que assusta não só os estudantes, como, também, professores e demais profissionais que atuam no educandário.
Com as dificuldades específicas, que são comuns em colégios mantidos pelo município, a diretora Carla Algayer lamenta a rotina de furtos. "Os ladrões não se intimidam. Geralmente eles cortam as correntes e cadeados, além de danificar as fechaduras, para entrar aqui na escola e realizar os furtos. Eles têm agido entre 19 e 23 horas, quando ninguém está no local. Essa situação é muito preocupante e incômoda, pois há professores que temem, inclusive, a ação dos criminosos durante o horário de aula", disse.
A escola funciona em dois turnos: manhã e tarde, estando fechada à noite. Neste turno, o espaço é monitorado por alarmes e câmeras de segurança, instaladas pela prefeitura.
Ainda conforme Carla, a escola tem deixado de realizar outros investimentos na infraestrutura do local e no conforto dos alunos para cobrir prejuízos constantes deixados pelos indivíduos. "Só na compra de novas fechaduras, cadeados e correntes gastamos mais de 600 reais. Sem contar o prejuízo dos quase R$ 6 mil de balanças, notebooks, torneiras recentemente levados. Isso nos entristece muito, pois realizamos a festa de aniversário da escola com o objetivo de aumentar a arrecadação, e, também, a venda de rifas e cachorro-quente. Tudo isso pensando na manutenção de um patrimônio da comunidade".
A diretora também salienta que a frequência dos ataques é, no mínimo, estranha, já que no entorno da escola existem muitas casas. "Não é um local deserto, existem moradias e muitos vizinhos. É estranho que ninguém veja a movimentação de suspeitos. Tenho vontade de providenciar sensores de presença e mais câmeras, mas dependo da autorização da Prefeitura. Por isso, peço o engajamento da nossa comunidade para quando verem um movimento estranho, acionar a Polícia", finaliza.
No dia 16 de abril deste ano, criminosos entraram na escola, danificando duas telhas e fechaduras dos banheiros feminino e masculino, além da cozinha. Como o alarme disparou, os bandidos foram afugentados e não levaram nada.
Já no dia 19 de julho, a escola novamente foi atacada e quatro torneiras e um bebedouro foram levados. Um dia depois, panelas foram furtadas do local. No último dia 30 de julho, criminosos voltaram a atacar, invadiram a escola, mas nada foi levado.