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Notícias | Região Região

Mãe questiona dados da Secretaria de Saúde sobre nascimentos em Estância Velha

Casos emergenciais ainda são realizados apesar de interdição de área específica

Por Felipe Nabinger
Publicado em: 07.08.2019 às 20:46 Última atualização: 08.08.2019 às 07:17

Foto por: Arquivo/GES
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Uma mãe que deu à luz em Estância Velha questionou a informação, fornecida pela Secretaria de Saúde, de que o Hospital Municipal Getúlio Vargas não fez partos nos últimos 60 dias. A Vigilância em Saúde confirmou que houve nascimentos no hospital neste período.

Em contato telefônico no final da manhã do último dia 5 de julho, a secretária de Saúde de Estância Velha, Lenir Reichert, afirmou que há 60 dias a sala obstétrica havia sido interditada e que o município buscou junto ao Estado unidades de referência que atendessem às gestantes no período em que o Hospital Municipal Getúlio Vargas estivesse impossibilitado. A reportagem questionou se havia partos sendo realizados no local. "Não, vai para a referência de Esteio e Sapucaia". Questionada se isso acontecia para todos os partos, ela confirmou: "Todos." A secretária também disse que "Quando chega aqui e já está na hora tem que ser encaminhado, vai para a referência, sendo normal ou parto cesárea."

Procurado na última quarta-feira (7), o Departamento de Vigilância em Saúde da Vigilância Sanitária do município confirmou o recebimento de 11 Declarações de Nascidos Vivos pelo HMGV só em julho e 36 em junho. A consolidação dos números dos primeiros dias de agosto ainda não ocorreu.

Procurada também na quarta-feira, a Secretaria de Saúde do município afirmou que as gestantes que chegam ao local passam por avaliação do risco e, em casos de urgência ou se os hospitais de referência não tiverem leitos, são realizados os partos no próprio hospital. A Secretaria Estadual de Saúde informou em nota que "em caso de urgência no qual a remoção da gestante para outra cidade venha a ser de risco, o hospital pode, em situação de emergência, vir a realizar partos". 

  

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Estado confirma três hospitais

Procurada a Secretaria Estadual de Saúde respondeu através de e-mail que "a referência regional para partos passou, preferencialmente, para Esteio (Hospital São Camilo). Caso Esteio não possa receber novos pacientes, as alternativas já acordadas são os hospitais de Sapiranga e Sapucaia do Sul". Conforme a pasta, a decisão atendeu ao pedido da administração estanciense após a interdição causada por princípio de incêndio na rede elétrica. "A definição dos hospitais de referência leva em conta a capacidade instalada e a possibilidade de atender esse quantitativo extra", explica a SES.

Avaliação dos riscos

Procurada novamente, a Secretaria de Saúde do município afirmou que as gestantes que chegam ao local passam por uma avaliação do risco e, em casos de urgência ou quando os hospitais de referência não possuem leitos, está realizando os partos no próprio hospital. Sobre a discussão da possibilidade de deixar de ser referência para a área obstétrica, deixando de realizar partos, a resposta do município é que ira se pronunciar sobre o assunto apenas após a definição. 

Partos em situação de emergência

Quanto ao novo bloco cirúrgico, a SES afirma que "as vigilâncias do Estado e do município de Estância Velha estiveram no hospital municipal há duas semanas para uma vistoria no novo centro cirúrgico. Alguns apontamentos foram feitos e a entidade solicitou um prazo até o final de agosto para os reparos, quando poderá solicitar nova vistoria para a liberação". O texto encaminhado pelo Estado segue dizendo que "com o novo centro cirúrgico liberado, o hospital poderá voltar a receber partos". Questionada se mesmo com o ala obstétrica e com o bloco cirúrgico interditados, a Pasta afirmou que "em caso de urgência no qual a remoção da gestante para outra cidade venha a ser de risco, o hospital pode, em situação de emergência, vir a realizar partos".

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