Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região Novo Hamburgo

Suspeito de planejar a morte de empresário no Alpes do Vale tem liberdade concedida

Marcelo Back, suspeito de planejar a morte seu irmão, o empresário Everaldo Oto Leal Back, no dia 29 de julho

Publicado em: 08.08.2019 às 18:14 Última atualização: 09.08.2019 às 07:13

Foi concedida liberdade próvisória ao empresário Marcelo Carlos Leal Back, 34 anos, suspeito de planejar a morte do irmão, o empresário Everaldo Oto Leal Back, de 45, na noite de 29 de julho. Segundo informações dos advogados de Marcelo, Rafael Noronha e Pablo Aboal, a soltura saiu nesta quinta-feira (8). "Houve o entendimento de que não estavam preenchidos os requisitos legais para manutenção da prisão preventiva e agora seguirá em liberdade provisória", disse Noronha.

Segundo o delegado da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, Rogério Baggio Berbicz, o crime foi premeditado por Marcelo e um funcionário de confiança dele, Adriano dos Santos Dornelles, 33, que confessou ser o autor dos disparos e ter agido a pedido do patrão. Adriano, autor confesso dos disparos que mataram Everaldo, está em liberdade e não teve pedido de prisão decretado.

O crime ocorreu na noite de 29 julho, quando Marcelo e Everaldo estavam se deslocando para o bairro Alpes do Vale para ver um terreno para venda. No local, eles teriam sido emboscados pelo atirador, que realizou os disparos enquanto a vítima estava do lado de fora do veículo.

Para a investigação, a motivação da morte de Everaldo segue desconhecida. O autor confesso dos disparos apresentou uma versão aos policiais em que Adriano disse que Marcelo o procurou, pois sua família, assim como a de Everaldo, estava ameaçada de morte porque Everaldo teria uma grande dívida. Então, para proteger a família, ele iria matar o irmão, porque aí não haveria mais motivos para ameaças. "Adriano sustenta essa motivação, mas o Marcelo nega qualquer participação no crime. Por isso, seguiremos investigando o caso, para esclarecer o fato", ressalta o delegado.

Contradições

Na noite do crime, dois policiais militares estavam a caminho do trabalho e flagraram os carros da vítima e do autor do disparo acessando o local do assassinato e desconfiaram da movimentação. "Eles fizeram contato com a sala (de operações) para verificar se algum veículo com as características dos dois avistados (um Volkswagen Gol e uma Chevrolet S10 branca) teria sido roubado. Diante da negativa, seguiram para o batalhão.

No entanto, Marcelo apontou, em seus dois primeiros depoimentos, que o crime teria sido cometido por três homens que desembarcaram de um Hyundai HB20", revela o delegado, que acredita que a identificação errada do carro foi passada de forma proposital para despistar a investigação.

Outros pontos considerados duvidosos pelo delegado foram os fatos de o irmão levar Everaldo para ver um terreno em um local ermo e que sequer tem imóvel para venda, o horário próximo da noite que se deslocaram para lá e como os criminosos saberiam que eles estariam ali. Marcelo também teria mentido sobre não saber quem era o matador, mas depois admitiu reconhecê-lo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.