Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região Operação

Jovem de Taquara tem síndrome do pânico e ficou 30 horas em poder dos bandidos

Libertação da refém aconteceu na noite de terça-feira (13) e resultou na morte de um criminoso

Por Jauri Belmonte
Publicado em: 14.08.2019 às 13:16 Última atualização: 14.08.2019 às 13:27

Foto por: Polícia Civil/Especial
Descrição da foto: Desfecho de sequestro teve troca de tiros entre bandidos e policiais,culminando com sequestrador morto

Foi uma jovem de 23 anos a vítima de um sequestro em Taquara que terminou na noite desta terça-feira (13). Conforme o delegado responsável pelo caso, João Paulo Abreu, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a vítima do sequestro foi solta em segurança e não apresentava ferimentos. Contudo, como já sofria de síndrome do pânico, passou por agressão psicológica e sofreu empurrões durante as 30 horas de cárcere. Em uma entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil deu detalhes do caso.

Conforme o delegado Abreu, tudo começou na manhã de segunda-feira (12), por volta das 7h30, quando a jovem chegava para buscar um amigo numa parada de ônibus. Eles iriam junto ao trabalho. Mas na ocasião acabou sendo abordada e capturada por dois dos criminosos. O amigo, que acabou rendido, também ficou junto no carro dela, um Hyundai HB20, que foi abandonado em seguida. O rapaz foi solto e ela foi levada para outro veículo, que pertencia ao trio.

Na sequência, o rapaz ligou para o 190 da Brigada Militar, informando o caso. A Polícia Civil de Taquara foi acionada e a partir daí passou a apurar o caso. Os investigadores então constataram que os criminosos já estavam em contato com a família. Primeiramente, exigindo R$ 100 mil para libertar a mulher; depois fizeram outra oferta, reduzindo o valor para R$ 30 mil. Ao longo de toda segunda-feira, o contato foi feito por telefone celular com o pai da vítima, que é um profissional liberal da cidade. A polícia, então, quebrou o sigilo telefônico e passou a ter acesso às conversas. Assim foi confirmado pelos agentes que se tratava de três homens, moradores do bairro Empresa, em Taquara. A partir da investigação criminal confirmaram que ela estava em um cativeiro, situado no interior do município.

O local do cárcere ficava às margens da RS-020, no distrito de Santa Cruz da Concórdia, distante cerca de 20 km do centro. A casa, que a princípio estava desocupada, fica dentro de uma pequena propriedade rural. Durante as 30 horas de sequestro, a jovem era mantida em um cômodo e era alimentada apenas com bolachas e um pão velho, que estava em um saco ao lado do colchão em que ela ficou durante esse tempo. Foi nesta propriedade em que os agentes da Polícia Civil realizaram a ação na noite de ontem, que culminou com a morte de um dos sequestradores e a libertação da vítima em segurança.

  • Agentes do Deic em ação no cativeiro onde estava jovem sequestrada em Taquara
    Foto: Polícia Civil/Especial
  • Refém, que está enrolada num cobertor, deixa o cativeiro em Taquara na companhia de um agente da Policia Civil
    Foto: Polícia Civil/Especial
  • Delegado João Paulo Abreu, do Deic
    Foto: Jauri Belmonte/GES-Especial

Recebidos a tiros

Conforme o delegado Abreu, os agentes do Deic e da delegacia de Taquara foram recebidos a tiros por um dos criminosos. Ao revidarem, ele acabou atingido e morreu. O homem, conforme o Deic, não foi identificado até o começo da tarde de hoje. Outro criminoso, identificado como Ismael Batista da Silva, 30 anos, já havia sido preso antes dos policiais chegarem ao local. O terceiro integrante do grupo segue foragido. 

Conforme o delegado, Silva já possuía antecedentes por receptação. O proprietário do local, que também não teve a identidade revelada, será investigado.

Em entrevista, delegado detalha o caso


Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.