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Notícias | Região Investigação

Passados mais de 20 dias, Polícia ainda não ouviu PM sobre morte da esposa em Capela

Laudo aponta que não há previsão de alta para soldado, internado no Hospital da Brigada Militar desde o dia 24 de julho

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 16.08.2019 às 13:56 Última atualização: 16.08.2019 às 15:06

Foto por: Divulgação
Descrição da foto: No sábado passado (10) a família de Thaiane realizou uma caminhada pelo centro da cidade para exigir respostas e agilidade na investigação do caso
Apesar de um laudo emitido pela médica psiquiatra responsável pelos cuidados com o policial militar Percy Brietzke, 30 anos, atestar que ele deverá permanecer internado por tempo indeterminado, a Polícia Civil aguarda o depoimento do soldado para concluir o inquérito da morte da esposa dele. Thaiane de Oliveira, 29 anos, morreu na madrugada do último dia 24 de julho após ser atingida no peito por um disparo de pistola calibre .40 efetuado por Brietzke. O tiro teria sido acidental, uma vez que o PM teria confundido a mulher com um assaltante. Desde a data do fato, por orientação médica, o soldado está internado no Hospital da Brigada Militar, em Porto Alegre. Ele ainda não prestou esclarecimentos à Polícia Civil uma vez que a equipe médica suspendeu qualquer tipo de visita que não seja apenas de parentes próximos como pais e irmãos.

Mesmo com a demora na liberação do suspeito, o delegado Rodrigo Zucco diz que espera ouvi-lo primeiro antes de concluir o inquérito policial. “o resultado da perícia já veio, confirmando o que foi relatado pelos policiais no registro da ocorrência. Não havendo nenhum fato novo que determine a urgência na conclusão do inquérito vamos continuar com ele em andamento. Não há nada de extraordinário no caso que nos leve a ter que ter urgência, uma vez que a polícia tem prazo para proceder as investigações e o depoimento dele é fundamental”, comenta o delegado.

Prima de Thaiane, Carin Fortes da Silva, 40 anos, diz se sentir desmotivada com o tempo esperado pelo depoimento de Brietzke. “Ficamos de mãos atadas. Queremos saber o que ele tem a dizer, porque ainda procuramos entender como tudo aconteceu, se o tiro foi intencional ou não. Além do depoimento, esperamos a emissão do resultado do laudo da necropsia, que apontará se o disparo foi feito com ela de frente ou de costas. Tendo sido um crime culposo ou doloso ele deverá pagar pelo que fez”, pondera. No sábado passado (10) a família de Thaiane realizou uma caminhada pelo centro da cidade para exigir respostas e agilidade na investigação do caso. Thaiane era agente de saúde e trabalhava desde fevereiro de 2012 na Estratégia Saúde da Família (ESF) Centro. Por conta da fatalidade envolvendo a servidora, a Prefeitura de Capela de Santana decretou luto oficial de três dias.

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