A entrada da viatura da Brigada Militar no bairro Carioca foi acompanhada por dezenas de olhares curiosos na manhã desta quarta-feira (21), em Sapucaia do Sul. Mais que a segurança, os PMs do 33.º Batalhão de Polícia Militar (33.º BPM) chegaram na localidade, conhecida como Cordão, para garantir a solidariedade. Junto também estava um caminhão carregado com 500 quilos de alimentos e cerca de mil peças de roupas, que foram doados aos moradores locais.
A ação foi a primeira do projeto intitulado Quartel Solidário. A iniciativa do batalhão sapucaiense contou com doações da comunidade e do Rissul. Ao todo, foram distribuídas 50 cestas básicas a famílias previamente inscritas numa lista montada pela BM com o apoio da associação dos moradores do bairro. “Nossa ideia é fazer, pelo menos, uma entrega por bairro carente da cidade. Sabemos das necessidades de muitas comunidades do nosso município e queremos aproximar a Brigada Militar e os empresários dessas pessoas e dessas localidades”, comenta o subcomandante do 33.º BPM, o capitão Rafael Fell.
De acordo com o capitão, a BM já conta com alguns donativos preparados para a próxima edição do projeto, que deverá ocorrer em setembro em bairro ainda a ser definido. Parceiro da iniciativa, o Rissul esteve representado na entrega pelo gestor de segurança da Unidasul, Luciano Rodrigues Garcia. “Ações como esta são uma bandeira da nossa empresa. Por isso, aceitamos o convite feito pelo Batalhão para auxiliarmos nesse projeto em prol de comunidades que mais precisam”, afirma. Presidente da associação de moradores do Carioca, Éderson da Rosa Thimóteo, se disse satisfeito com a lembrança do bairro para a estreia do Quartel Solidário. “Fazia muito tempo que algo assim, tão bom, não acontecia por aqui. Nossa comunidade é bastante carente, muitas pessoas passam necessidades e precisam dessa solidariedade”, opina.
Na fila para buscar alimentos e roupas estava a dona de casa Maria Bernadete da Silva, 50 anos. Na casa onde Maria mora com o esposo e os seis filhos estão todos desempregados. Por isso, a chegada da cesta com mantimentos foi celebrada de forma especial. “Está bem difícil. Estamos sem trabalho e vivendo de bico que fazemos com reciclagem, de onde tiramos R$50 por semana. Essa doação chegou em boa hora”, diz.
Residente há 30 anos no bairro, Rangel Fontoura, 38 anos, acompanhou a movimentação em frente à associação de moradores. “Achei uma iniciativa muito legal. Nossa comunidade realmente precisa já que são muitas famílias carentes e desempregados aqui”, comenta.