Pelo menos duas pessoas perderam dinheiro após serem vítimas do golpe do falso sequestro em Novo Hamburgo. O caso mais recente aconteceu na manhã desta sexta-feira (23) com uma moradora do bairro Guarani. A vítima, uma idosa de 63 anos, chegou a realizar um depósito de mil reais e só se deu conta do golpe quando uma das filhas a alertou de que a irmã estava bem. Na manhã de ontem, no bairro Operário, a vítima foi outro idoso, de 65 anos, que chegou a fazer três depósitos que somaram R$ 5,5 mil.
Nos dois casos, o contato inicial foi feito pelo telefone fixo das vítimas, no início da manhã. Uma voz feminina ao prantos afirmava ter sido sequestrada e os criminosos exigiam dinheiro para libertá-la. A conversa envolvente fez com que as vítimas acabassem dando informações que serviram aos estelionatários.
Do telefone fixo, a conversa seguiu para o celular, onde o diálogo durou horas ininterruptas. No caso do morador do bairro Operário, a ligação durou duas horas e ele só percebeu que havia caído em um golpe quando deu de cara com a filha que seria a suposta vítima, ao chegar em uma agência bancária. No caso deste homem ele conseguiu bloquear uma das transações realizadas.
O site da Caixa Econômica Federal há um espaço dedicado ao orientar a população sobre os golpes mais comuns, envolvendo transações bancárias, entre eles o golpe do falso sequestro. Os golpistas ligam para a vítima dizendo que um membro da família foi sequestrado e que, se não for depositada uma quantia imediatamente, ele será ferido ou morto. Após depositado, o dinheiro é sacado imediatamente.
A principal orientação é para que a pessoa não forneça nomes ao receber uma ligação de falso sequestro. Se acontecer, peça ajuda a uma terceira pessoa na tentativa de localizar a possível vítima.
Procure manter a calma em golpes que envolvam familiares. Se possível, durante a conversa, peça para outra pessoa tentar localizar o parente que está sendo citado.
Normalmente, o golpista não sabe o nome do familiar sequestrado. Por isso, fique atento e não pronuncie nomes. Se seu celular ou telefone fixo possuir identificador de chamada, verifique o número e desconfie de localidades diferentes, como por exemplo, DDD 85, 71, 31.