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Notícias | Região Cachoeirinha

Hospitais em alerta nas buscas pela mãe de recém-nascido esquartejado

Encontrar a mãe é considerado fundamental para esclarecer as circunstâncias do crime

Por Eduardo Torres
Publicado em: 24.08.2019 às 11:07 Última atualização: 24.08.2019 às 11:16

Foto por: Divulgação/Polícia Civil
Descrição da foto: Corpo de recém-nascido foi encontrado em terreno baldio do bairro Marechal Rondon
Pelo menos dois alertas já foram feitos aos agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha com informações de possíveis suspeitas de serem a mãe do bebê encontrado esquartejado na manhã de sexta-feira (23), no bairro Marechal Rondon, em Cachoeirinha. Os dois casos, diz o delegado Maurício Barison, foram descartados.

"Eram mulheres em período pós gestacional que chegaram com sangramentos ao Hospital Dom João Becker, mas o período das gestações não batia com o que estamos trabalhando em relação a esta criança encontrada morta. Seguimos nas buscas a todas as unidades de saúde de Cachoeirinha e Gravataí. O crime foi constatado em um bairro que é limite entre as duas cidades, então o alerta é total neste eixo, primeiramente, mas não descartamos alguma hipótese fora da região", explica o responsável pela investigação.

Os policiais orientaram aos hospitais da região que avisem caso deem entrada mulheres que precisem de curetagem (um procedimento em casos de aborto com sangramentos intensos) e que apresentem cortes nas mãos. Encontrar a mãe da criança é considerado o passo fundamental pelos investigadores para esclarecer o crime que estarreceu a cidade. De acordo com o delegado, ainda não foi possível sequer precisar o sexo do bebê.

A suspeita da Polícia é de que a mãe certamente tem envolvimento com a morte do recém nascido, mas, possivelmente, não agiu sozinha.

Foto por: Divulgação/Polícia Civil
Descrição da foto: Roupas encontradas no local serão periciadas
Caso delicado 

"Foram encontrados a cabeça e o braço direito, além de um órgão, provavelmente um rim, parcialmente destroçado pelos cachorros. Uma característica que nos chamou atenção foi o número excessivo de ferimentos com algum instrumento cortante, provavelmente uma faca, no rosto e na cabeça da criança. É provável que, quem cometeu este crime, estivesse sob efeito de drogas ou em algum surto. Não foi uma ação com cortes precisos, mas impulsivos. Havia muita raiva", comenta Barison.

A perícia não conseguiu precisar, preliminarmente, se o esquartejamento aconteceu após a morte. Não é descartada a hipótese de que o recém-nascido tenha sido morto logo após o nascimento, já que havia, segundo a Polícia, indícios de tecido da placenta na sacola em que estavam os restos. No entanto, o encontro de uma fralda também junto ao terreno baldio da Rua Bélgica deixa em aberto a possibilidade de que a morte tenha acontecido, pelo menos, horas depois do parto.

Como não há marcas de sangue no terreno, os policiais acreditam que o crime aconteceu em outro lugar e o corpo, já esquartejado, tenha sido largado, com uma sacola, naquele local. Além do corpo, foram encontradas roupas femininas ensanguentadas, que agora serão periciadas.

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