"Esta rua é cheia de cachorros. Se não fosse isso, talvez a gente nunca ficaria sabendo que os pedaços de um bebê seriam largados aqui perto de casa. A gente passaria do lado, sem saber", desabafou a aposentada Cristina Marques, de 61 anos. Ela é uma das moradoras da Rua Bélgica, onde o bebê foi encontrado esquartejado na manhã da última sexta-feira (23). "Se fosse um homem que a gente ficasse sabendo que foi esquartejado, já seria ruim. Só que um bebê, foi muito pior. Ninguém aqui acreditou quando soube", disse.
O mecânico Gustavo Vinha, 36, tem a opinião formada de que é "alguém da banda." "Poderiam ter largado em qualquer canto de Cachoeirinha que ninguém acharia. Até mesmo na Avenida Marechal Rondon, que é cheia de lixo na volta", opina. "Só que largaram aqui mesmo porque eram pessoas daqui de perto. Largaram e saíram correndo", diz. A própria Polícia concorda com a tese de que a sacola com os órgãos do bebê foi somente deixada na área. "Não tinha sangue porque não mataram aqui. Fizeram o serviço em casa, no mínimo."
A 2ª Delegacia de Polícia (DP) continua investigando o que aconteceu. A Polícia Civil ainda não tem pista de quem seja a mãe do bebê. Os esforços dos policiais continuaram ao longo de todo o final de semana, quando foi passado um pente-fino em casas de saúde da Região Metropolitana. Até agora, nada foi achado que pudesse levar ao paradeiro da mulher.