Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região Política na região

Câmara de Vereadores de Sapiranga decide nesta terça-feira futuro de Alessandro Melo

Vereador pode ser cassado por quebra de decoro

Por João Víctor Torres
Publicado em: 26.08.2019 às 20:47 Última atualização: 27.08.2019 às 08:06

Foto por: João Victor Torres/João Victor Torres / GES - Especial
Descrição da foto: Melo: pode perder o cargo
Após dois meses de intensa análise sobre a denúncia por possível quebra de decoro do vereador afastado Alessandro Melo (PP), preso em flagrante no mês de junho por comércio e porte ilegal de arma, a Câmara de Sapiranga decide nesta terça-feira (27) destino político do progressista. Ou seja, se ele permanece ou não com mandato. O autor da denúncia foi Sandro Seixas (DEM). O democrata comentou que a questão não envolve aspectos pessoais, mas que a situação exigia uma posição contundente perante a sociedade.

Para Melo ser cassado, no mínimo dois terços (dez votos) dos 15 parlamentares em Plenário precisam concordar com o parecer emitido pela Comissão de Ética da Casa. O documento entende que a conduta de Melo se configuraria como infração político-administrativa.

Antes do julgamento por parte dos parlamentares, a defesa terá uma hora para apresentar seus argumentos à Câmara. O tempo será dividido entre Melo e seus advogados, Rafael Noronha e Pablo Aboal. Na sequência, será feita a leitura na íntegra do parecer pela cassação do progressista. Por fim, será posto o relatório em votação e, na sequência, o projeto de resolução para chancelar a decisão do Legislativo.

Compra de voto como próximo foco

Melo e mais três vereadores foram afastados pela Justiça em julho. Leonardo Braga (PSDB), Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT), e Cesino Nunes de Carvalho (PP) aparecem num suposto esquema para compra de voto na eleição para Mesa Diretora, em dezembro. O quarteto responderá procedimento junto à Comissão de Ética, por quebra de decoro, que pode ocasionar a perda do mandato aos envolvidos. Numa eventual condenação de Melo hoje, em razão da primeira denúncia, o processo seguirá apenas contra Braga, Dula e Baxo. Se escapar da perda de mandato nesta terça-feira, ele se junta aos colegas para responder ao outro procedimento político-administrativo.

 

Posição

Noronha defendeu que, "com máximo respeito, o entendimento é puro e exclusivamente político, infelizmente", argumentou. "Utilizar fato que sequer o vereador esteja formalmente acusado como ensejador da quebra de decoro, sem qualquer precisar legal, utilizando-se os princípios da moralidade e legalidade, ou seja, sem trânsito em julgado é equivocado", seguiu o advogado. "A presunção de inocência é preconizada na Constituição Federal e, pela simetria, aplicável na esfera legislativa, sob pena de judicialização na justiça comum", exemplificou o defensor e adiantando uma possível estratégia da defesa.

>> Quer receber notícias como esta e muitas outras diretamente em seu e-mail? Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter. 

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.