O diagramador aposentado Paulo Mello, que ficou preso na Unidade de Saúde da Família (USF) Getúlio Vargas, no bairro Canudos, com sua esposa, neto e a médica, nesta segunda-feira (26) à tarde, reafirma que seu neto foi atropelado em frente ao local, diferentemente do que a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH) informou. Por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, a FSNH emitiu nota dizendo que a criança teve escoriações por ter caído na escada e não por atropelamento como citado no questionamento da reportagem. "Foi uma resposta para tentar amenizar o compromisso, me chamando de mentiroso. Não ia mentir, um monte de testemunha. Ainda mais com meu próprio neto. Estou indignado com isso. Só queria relatar um fato curioso (sobre ter ficado preso na unidade), mas agora me chamaram de mentiroso", desabafa.
Mello relatou que o motorista chegou a parar e lhe explicou que viu a criança correndo e conseguiu desviar para o lado. Assim, ela bateu na roda do caminhão e caiu no meio da rua. O avô da criança de 3 anos conta que o trânsito chegou a ficar congestionado por causa do acidente e que muitas pessoas pararam para ver o que tinha acontecido.Ele volta a explicar que a mulher que abriu a USF teria chegado pela porta dos fundos, enquanto ele, sua esposa, neto e a médica estavam na frente. "Daí o meu neto foi saindo pelo corredor. Para nossa surpresa, não sabia que a porta do prédio estava aberta, nem o portão. O menino foi na frente, saiu correndo e foi para a rua. Nem tem escada ali", indigna-se.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde reitera que será realizada uma reunião com a coordenadora da USF para apurar o caso.