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Os moradores de Taquara estão inibidos, com medo e com sentimento de insegurança. A cidade, que tem cerca de 56 mil habitantes, já foi tranquila, mas, hoje, possui índices de violência que assustam. Nas últimas semanas, foram registrados na cidade do Vale do Paranhana casos de sequestro, homicídios e tentativas de assalto e também tentativas de feminicídio.
Mais de 30 horas de cárcere
No dia 11 de agosto, uma jovem de 23 foi sequestrada em plena luz do dia ao chegar até uma parada de ônibus para dar carona a um amigo. Ela, que não teve a identidade revelada pela polícia, ficou mais de 30 horas mantida presa em um cativeiro na localidade de Santa Cruz da Concórdia. Bandidos tentaram extorquir a família, mas não tiveram sucesso graças ao auxílio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que auxiliou na localização do cativeiro. Durante o resgate, houve confronto entre a polícia e criminosos, e um dos sequestradores morreu.
Sequestrada é encontrada morta
Uma semana depois, outro sequestro e, novamente, uma mulher foi a vítima. Paula Gislaine Pacheco Martins, 32, foi levada da residência que ela dividia com a companheira no bairro Medianeira. Ela ficou uma semana desaparecida. Os criminosos não fizeram contato com a família. Nesta terça-feira (27), o corpo dela foi localizado às margens do Rio do Sinos, na localidade de Santa Cristina do Pinhal, interior de Parobé.
Tentativa de feminicídio
Na última quinta-feira (22), a diretora da Câmara de Vereadores da Cidade, Marilene Wagner, 60, foi vítima de tentativa de feminicídio praticada pelo ex-companheiro, José Antônio Sartori, 61. Durante atendimento no Hospital da cidade, ela confirmou que Sartori parou o carro próximo à ponte na RS-020 e, ao descer do veículo, teria praticado os disparos, ferindo-lhe nos braços, perna e abdômen.
Menor perde a vida após tentativa de assalto
Nesta terça-feira (27), um adolescente de apenas 15 anos perdeu a vida em um acidente na RS-115, em Taquara. O jovem caiu sozinho e morreu no local. Testemunhas alegam que ele teria sido assaltado em um semáforo próximo ao local e, na fuga, teria sofrido o acidente. O caso segue sendo investigado.
Idosa é assassinada dentro de casa
O último caso também aconteceu ontem. Por volta das 21h40, uma idosa de 64 anos, identificada como Jussara Mari, foi assassinada dentro de sua casa, na região central da cidade. No corpo dela haviam perfurações de objeto semelhante a uma faca, bem como marcas na cabeça. As causas ainda são investigadas.
Theno Ari Renck, 62 anos, agricultor
'Nossa cidade era segura, tinha menos população e não havia tanta violência. Hoje, Taquara está irreconhecível. Sinto saudades daquele tempo. Nasci e me criei no interior de Taquara e, felizmente, aqui ainda é mais seguro que na área urbana.'
Gislaine Hehn de Oliveira, 64 anos, aposentada
'Infelizmente, se foi o tempo em que me sentia segura na cidade. Não importa mais se é durante o dia ou à noite. Isso é inadmissível, pois Taquara está uma cidade de faroeste,criminosos agem por qualquer besteira.'
Germano Laube, 25 anos, assessor de investimentos
'Não me sinto seguro, pois não vejo quase policiamento nas ruas. Falta iluminação nas praças e, com isso, acabamos nos limitando até no horário em que saímos de casa. Quando volto do trabalho costumo ir direito para casa, pois tenho medo que roubem meus materiais de trabalho.'
