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Notícias | Região Investigação

Conflito sobre partilha de bens motivou assassinato de idosa em Taquara, diz Polícia

Genro é acusado de matar a vítima e enteado auxiliou a ocultar o crime

Por Suélen Schaumloeffel
Publicado em: 29.08.2019 às 16:51 Última atualização: 30.08.2019 às 08:49

Foto por: Suélen Schaumloeffel/GES-Especial
Descrição da foto: Delegados Heliomar Franco e Rosane de Oliveira
A morte da idosa Jussara Mari, na noite da última terça-feira (27), no Centro de Taquara, segundo a Polícia Civil do município, pode ter relação com uma partilha de bens. A investigação chegou a dois dos envolvidos no crime. O marido de uma das enteadas da vítima, identificado como o advogado Ademar Augusto Rosa, 67 anos, é apontado pela investigação da Polícia Civil como o autor do homicídio. Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (29), em casa, em um condomínio no Centro da cidade.



Outro envolvido no crime e que também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça é o enteado de Jussara, que morava com ela e seu pai (marido da vítima). Alexandre Ricardo Thiesen, 50 anos, teria flagrado Rosa (o cunhado) no local e teria o ajudado a acobertar as circunstâncias assim como a autoria do crime. Ele também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, pois no momento da prisão foram apreendidos três revólveres com ele, um deles com numeração suprimida além de R$ 14.420 em dinheiro.

Divergências entre bens causaram ruptura

Conforme o delegado regional Heliomar Franco, que participou da coletiva de imprensa junto com a titular da Delegacia de Polícia (DP) de Taquara Rosane de Oliveira, inicialmente o autor do crime admitiu aos investigadores a autoria do crime e ainda esclareceu a motivação e como teria acontecido. O depoimento dele seria tomado durante a tarde.

O autor confesso relatou, conforme Franco, que existia uma divergência na família sobre os bens da família que eram administrados pela vítima. “Jussara era a principal mantenedora, organizadora e executora do patrimônio da família. Conforme Ademar, havia uma contrariedade de como ela vinha executando o uso desses bens. Além disso ele disse que tinha problemas pelo comportamento da vítima e inimizades”, explica o delegado.

As situações seguiram se repetindo ao longo dos anos quando o autor admitiu que chegou ao ponto de não suportar mais a presença de Jussara e não conseguir conviver. “Ele usou isso como argumento para ir lá tirar a vida dessa pessoa”, destaca o policial.

Conforme a delegada Rosane, o que teria sido um ponto determinante para o acusado foi a colocação à venda de um sítio da família em Parobé, por parte dos dois filhos do atual relacionamento, e que valeria muitos milhões. “Isso somado aos descontentamento com a situação de anos e o fato de a esposa dele estar internada em tratamento o deixou alterado e culminou na decisão do homem em matar a vítima. É o que ele alega”, conta.

Na investigação os policiais souberam que o marido da vítima possuía um patrimônio muito expressivo, principalmente de imóveis, e que ao longo dos últimos 20 anos foram se deteriorando. “A desavença na família iniciou porque a vítima, segundo familiares, estaria beneficiando os filhos dela em detrimento dos filhos do primeiro relacionamento do marido, delapidando o patrimônio”, ressalta.

Há poucos dias o marido da vítima foi internado após sofrer um AVC. Conforme os policiais, a iminência da morte do marido e a frequente disputa pela herança podem ter influenciado no crime.

Jussara foi morta dentro da própria casa na rua Júlio de Castilhos, no centro da cidade, próximo ao Colégio Santa Teresinha. A Brigada Militar atendeu a ocorrência por volta das 21h40, após ser informada por um familiar. A vítima tinha sinais de perfurações pelo corpo, feitas por objeto semelhante a uma faca; bem como marcas de pancadas na cabeça.

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