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Notícias | Região Barato que sai caro

Receptação de celular já resultou em cinco indiciamentos na DP de Esteio este ano

Polícia alerta sobre cuidados que devem ser tomados na hora de comprar aparelho de terceiros

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 30.08.2019 às 09:44 Última atualização: 30.08.2019 às 11:01

Foto por: Diego da Rosa/GES
Descrição da foto: Polícia alerta sobre cuidados que devem ser tomados na hora de comprar smartphones de terceiros
Ao recusar a oferta tentadora vista na Internet e que apresentava o celular do modelo desejado por metade do preço pesquisado na loja, uma universitária de 31 anos pode ter escapado de virar personagem em um inquérito policial. “Desconfiei porque a diferença de valores era muito grande. No começo, no impulso, até deu vontade de aproveitar, mas pensei bem e fiquei imaginando o que teria por trás daquele aparelho. Por que alguém iria se desfazer de um bem por tão pouco? Daí desisti”, lembra a mulher, que prefere não ser identificada.

Por ingenuidade ou por impulso, as compras na internet podem acabar na Delegacia. Em Esteio, só neste ano, cinco pessoas foram indiciadas na DP da cidade por receptação, por estarem com aparelhos celulares produtos de furto ou roubo. Os telefones furtados ou roubados na cidade foram recuperados além de Esteio, também em Sapucaia do Sul e Canoas. “A pena para quem é detido por receptação pode chegar a reclusão de um a quatro anos ou fiança. Se na investigação for comprovado que a pessoa não teve culpa, que comprou o item sem saber que era produto de furto ou roubo, mesmo assim é feito um termo circunstanciado. O receptador não vai ficar preso, mas ganha uma pena, precisa responder processo e fica com aquela passagem registrada na ficha dele, o que pode lhe causar prejuízos no futuro para emissão de documentos ou em concursos”, destaca o comissário Dinoel Gabana.

De acordo com o policial, a fiança mínima arbitrada na DP é de R $1 mil. Gabana ressalta que, em média, são registrados 30 roubos a pedestres em Esteio por mês. Em 80% dos casos, o aparelho celular da vítima é o alvo dos criminosos. “Além disso, muitos aparelhos são levados de vítimas de outros crimes como roubos de carro, homicídios e latrocínios. Quem compra um telefone sem saber a procedência pode acabar se envolvendo, mesmo indiretamente, em algo mais grave”, frisa.

Como se proteger

Conforme o comissário, atitudes simples podem garantir maior segurança tanto para a vítima, que teve o celular subtraído, como para quem comprou um objeto de furto ou roubo por engano comprovar inocência. “A vítima do roubo deve registrar a ocorrência na Delegacia, apresentando, no momento do registro, a nota fiscal do produto uma vez que no inquérito vai ser preciso essa prova. Além da nota, também é fundamental o número do IMEI do aparelho”, explica.

O IMEI, International Mobile Equipment Identity ou Identificação Internacional de Equipamento Móvel, em português é um número único e global, presente em aparelhos telefônicos como celulares. Em uma analogia com automóveis, o IMEI equivale ao número de chassis de um carro e é usado como identificador do aparelho.

Como descobrir o número de IMEI do celular

Procurar na caixa do celular;
Procurar em um adesivo atrás da bateria (em caso de traseira destacável);
Procurar em um adesivo que fica na bandeja do cartão SIM;
Digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar para “esse número”.

Na hora da compra de terceiros, exija recibo

Para quem compra de terceiros, Gabana explica que o ideal é exigir um recibo. “Nele devem constar o nome, CPF, RG e endereço de quem está vendendo, além do número do IMEI do aparelho”, reforça. Segundo o policial, a investigação, que, normalmente, começa cerca de 20 dias após o registro da ocorrência do furto ou roubo têm surtido efeitos positivos com a recuperação dos celulares.

“A vítima precisa saber que há uma possibilidade grande de recuperar o bem, mas que a polícia não trabalha sozinha e que precisa da ajuda e do interesse dela, seja apresentando notas e informações necessárias ou, em determinados casos, reconhecendo suspeitos”, afirma.

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