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Pouco mais de dois meses depois de pelo menos cinco misteriosos casos de ataques a mulheres com ácido nas ruas de Porto Alegre, mais uma ocorrência semelhante mobiliza a Polícia. Desta vez, em Cachoeirinha. Uma mulher de 52 anos teve o rosto e o pescoço queimados em um misterioso ataque na Rua Esperança, bairro Parque Brasília. Ela segue internada em estado grave, com queimaduras de terceiro grau. em um hospital da capital, depois de ter sido transferida do Padre Jeremias.
De acordo com o delegado Leonel Baldasso, ainda não é possível precisar se a mulher foi queimada com fogo ou com alguma substância corrosiva, como aconteceu em junho na zona sul de Porto Alegre. Roupas da vítima foram recolhidas para perícia. "Não há sinais evidentes de fogo nas roupas, possivelmente foi algum tipo de ácido que causou graves ferimentos na vítima", aponta o delegado Leonel Baldasso, que apura o crime na 1ª DP de Cachoeirinha.
Segundo o delegado, a possibilidade de que o mesmo criminoso tenha agido é considerada. Informações devem ser trocadas com policiais envolvidos na investigação de Porto Alegre nos próximos dias.
O caso chegou à delegacia a partir de uma testemunha, que socorreu a mulher ao ouvir seus gritos de socorro na rua. Ela teria relatado que, antes de ser queimada, teve o celular levado. Não conseguiu explicar por completo a situação antes de desmaiar e ser levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Os investigadores ainda não conseguiram falar com ela. Isso deve acontecer na manhã desta segunda (2), no hospital. "Só então poderemos ter um cenário mais realista do que aconteceu e refazermos os últimos passos dela. A hipótese de um assalto comum é pouco provável ou usual. Um assaltante que quisesse levar o celular da vítima dificilmente a agrediria desta forma depois do crime cometido. Também não temos elementos que indiquem algum caso de violência motivada por desentendimento amoroso", diz o delegado.
Em junho, cinco ataques em sequência aconteceram entre os bairros Nonoai e Aberta dos Morros, ambos na zona sul de Porto Alegre. Naquelas ocasiões, os relatos das vítimas coincidiam em diversos aspectos: tratava-se de um agressor tendo em torno de 25 anos, em um carro branco, que se aproximava na rua e jogava ácido sulfúrico contra elas. Até agora, o caso apurado pela 13ª DP de Porto Alegre não chegou a uma autoria.
