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Notícias | Região Morte no motel

Homem confessa ter matado haitiana para consumir mais crack

Suspeito de 24 anos foi preso na noite de domingo, no Residencial Breno Garcia. Ele confessou ter matado a haitiana Germanie Paul, de 29 anos, ao final de uma noite inteira de consumo da droga

Por Eduardo Torres
Publicado em: 02.09.2019 às 11:51 Última atualização: 02.09.2019 às 12:24

Foto por: Acervo pessoal
Descrição da foto: Haitiana Germanie Paul, de 29 anos, morreu vítima de latrocínio; ela trabalhava em um motel de Gravataí

A haitiana Germanie Paul, de 29 anos, foi vítima de um latrocínio (roubo com morte) não planejado, resultado de uma noite inteira de consumo de crack em um dos quartos do motel em que ela trabalhava. Esta é a conclusão da Polícia Civil depois de prender o suspeito, Kelvin Lopes de Oliveira, 24 anos, no começo da noite de domingo em sua casa, no Residencial Breno Garcia. Ele confessou o crime.

De acordo com o delegado Gustavo Bermudes, logo depois de assassinar a funcionária do estabelecimento por estrangulamento, o suspeito pegou o celular da vítima e arrombou o caixa do motel, levando pouco mais de R$ 400. Seu destino, depois de embarcar em um táxi, por volta das 5h40 do dia 10 de agosto, foi uma boca na Vila Tom Jobim.

"Ele afirmou que passou até o final da tarde daquele sábado fumando crack e depois ficou vagando pelas ruas da cidade", diz o delegado.

O celular de Germanie foi recuperado pelos agentes da 2ª DP de Gravataí na semana passada. Foi apreendido com um traficante da Tom Jobim.

"Chegamos ao suspeito a partir de uma investigação detalhada. Analisamos as imagens de vídeo, buscamos provas testemunhais, reconhecimentos por foto e pessoal. Todas as informações se confirmaram para chegarmos a este nome", aponta o delegado.

Antigo morador do bairro Bonsucesso, o suspeito mudou-se recentemente para o Breno Garcia, e este foi um dos obstáculos para a sua prisão. Foram quatro dias ininterruptos de monitoramento para surpreendê-lo pouco antes de sair para trabalhar, na noite de domingo.

"Ele desconfiava que estava sendo procurado e não saía de casa. Mapeamos os seus passos e conseguimos a prisão", diz Bermudes.

Oliveira tem antecedentes por roubo e furto e trabalha durante as semanas em uma obra fora de Gravataí. Costumava passar somente os finais de semana na cidade ultimamente. Usuário de drogas, ele já tem a mãe e um irmão presos.

Noite de farra, manhã de crime

Foto por: Eduardo Torres/GES
Descrição da foto: Polícia detalhou morte de haitiana em entrevista coletiva na manhã desta segunda (2)

Conforme a investigação, o homem chegou ao motel acompanhado por uma mulher por volta das 21 horas da sexta, dia 9 de agosto. Eles teriam combinado de fumar crack e se divertir naquela madrugada, mas a droga teria acabado e a acompanhante teria saído do local levando todos os pertences de Oliveira.

"Matar a funcionária foi a forma como, na cabeça dele, ele conseguiria sair do motel", acredita do delegado.

As imagens analisadas pela polícia mostraram ainda que ele teria ido ao caixa e tentado explicar a situação. Germanie o teria orientado a esperar pelo proprietário do motel para resolver o caso. Quando ela foi ao quarto conferir o consumo do casal, foi atacada e asfixiada até a morte.

A mulher que acompanhava Oliveira até cerca de 2h30 daquela madrugada também foi ouvida pela polícia e confirmou a versão. O crime teria acontecido pouco antes das 5h30. Dez minutos depois, ele saiu do motel em direção à boca de fumo.

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