Era início da manhã do dia 17 de julho, quando o 190 da Brigada Militar (BM) foi avisado, através de uma denúncia anônima, que um corpo sem cabeça estava jogando à beira da faixa no Distrito Industrial. Comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Gravataí, o major Luís Felipe Neves lembra que lamentou muito ao ser informado por telefone de um homicídio no qual arrancaram a cabeça da vítima. Até porque Gravataí registrou um dos menos violentos agostos de sua história. "Nosso indicador de homicídios só tem caído. Foram três assassinatos em agosto. Só que as pessoas ainda falam apenas na excesso de violência por causa de casos como este da cabeça decepada", lamenta. "Todo o nosso esforço e trabalho na redução dos crimes acaba não aparecendo como gostaríamos."
Um levantamento feito pela reportagem no banco de dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública aponta que, desde 2012, a média de assassinatos na cidade não era tão baixa. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, foram quatro mortes. E em 2017, foram oito homicídios. "Nós entendemos que um crime violento como aquele da cabeça cause uma repercussão muito negativa a respeito da segurança pública em Gravataí", continua o comandante. "No entanto, não é apenas o índice de homicídio que tem caído. Outros delitos também tiveram uma redução acentuada, sem que a maioria das pessoas perceba o trabalho que vem sendo feito", conclui o major, que está finalizando um relatório com os números completos referentes ao mês passado.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública também deve publicar seus números oficiais referentes a agosto nos próximos dias e, conforme adiantado pela assessoria de comunicação, os indicadores criminais também são positivos.
2018 - 4
2017 - 8
2016 - 5
2015 - 4
2014 - 5
2013 - 7
2012 - 2
*Fonte: Secretaria de Segurança Pública