A Câmara de Vereadores de Sapiranga baterá o martelo na tarde desta terça-feira (24) sobre a proposta de emenda à Lei Orgânica do Município. A matéria, de autoria de Antônio Carlos Pinto (PP), pretende reduzir de 15 para 11 o número de parlamentares da cidade. Para valer a partir da próxima eleição e ter seus reflexos em 2021 na composição do Legislativo local, a proposição precisa passar em segundo turno. Em contrapartida, apenas contar com maioria simples não é suficiente. A emenda necessita da adesão mínima de dois terços dos legisladores sapiranguenses presentes em Plenário, ou seja, de dez votos.
Na primeira votação, que ocorreu no dia 10 de setembro, a proposta foi aprovada por unanimidade. Apesar disso, o texto original sofreu modificações, pois inicialmente a diminuição era drástica. Já que o índice de parlamentares cairia em 40%, pois pretendia fixar em nove o índice de representação na Casa.
Marcos André Harff (PDT) apresentou uma emenda oral. Na ocasião, defendeu que a Câmara mantivesse formação com 11 vereadores. Dez dos 14 parlamentares acataram a sugestão do pedetista e, com isso, amortizaram a redução. Apenas a bancada do Democratas (DEM), formada por Diego Lima, Sandro Seixas e Alvaro Schonardie, além de José Ambrósio Balardin (PTB) foram contrários à proposição de Harff e entenderam que o melhor seria a redução de seis postos no Legislativo.
Ausente na primeira votação, Pinto discordou das alterações feitas à proposta inicial. "O que vou fazer? Preciso votar favorável, mas a sociedade exigia nove (vereadores), e não 11", comentou ele. O parlamentar ainda destacou que a comunidade esperava uma resposta contundente por parte do Legislativo. A Casa registrou, num espaço de um mês, dois escândalos envolvendo representantes eleitos pela população. O primeiro deles foi a prisão do ex-vereador Alessandro Melo, que teve o mandato cassado em agosto, por comércio e porte ilegal de arma. O segundo foi com o afastamento de Melo, Leonardo Braga (PSDB), Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT), e Cesino Nunes de Carvalho, o Dula (PP), num suposto esquema de compra de voto na eleição da Mesa Diretora, em dezembro de 2018.