Foi apreendido em Canoas o adolescente de 17 anos que teria violentado o primo, de 11, e transmitido o vírus HIV para a vítima. A descoberta da doença que deu indícios para que a Polícia Civil investigasse o caso e constatasse a violência. O caso não é recente, já tendo sido apurado e julgado, e agora a Justiça pediu a interdição do jovem na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), em Porto Alegre.
De acordo com o delegado Pablo Queiroz Rocha, que conduziu a investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), foi preciso muito trabalho do Setor de Investigação (SI) da Especializada para chegar até o menor. "Ele ficava trocando de casa, entre Canoas, Esteio e São Leopoldo, pois sabia que a sentença condenatória poderia sair a qualquer momento." A apreensão, entretanto, aconteceu em Canoas mesmo. Mais exatamente no bairro Estância Velha, onde ele vivia.
Segundo o delegado, o caso só veio à tona quando foi descoberta a doença da vítima. A criança vítima teria relatado à madrasta o surgimento de feridas e constantes dores no corpo.
Rocha disse ainda que a decisão judicial foi a mais acertada. Ele acredita que o adolescente poderia cometer novas violências, tendo em vista que não demonstra qualquer remorso pelo que fez com o primo de 11 anos. "Ele inclusive estava morando com outro adolescente que também era procurado pela polícia", observa.