Publicidade
A mudança do local da praça de pedágio estava prevista no contrato assinado pela empresa, que vai administrar a BR-290 pelos próximos 30 anos. De acordo com o cronograma, as obras deveriam ter começado em junho deste ano. "Tudo o que fazemos necessita de aprovação da ANTT. Mesmo com a antecipação de alguns protocolos, só iniciamos agora quando a autarquia liberou a construção. Mas não haverá atraso", garante Camilotti.
A expectativa é de que as obras sigam até junho do próximo ano. A CCR pretende apresentar a nova praça de pedágio à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) pelo menos 50 dias antes do início da cobrança do pedágio para que haja tempo hábil de aprovação. O início da cobrança de pedágio está previsto para 15 de agosto de 2020.
Estrutura
A nova praça de pedágio fica 18 quilômetros distante da atual. Da estrutura que está em uso hoje, somente periféricos como computadores deverão ser reaproveitados, além dos funcionários. "Não teria como aproveitar muita coisa física porque enquanto a obra de uma é realizada, a outra praça segue em funcionamento. Na teoria é como uma virada de chave: até o dia 14 de agosto do ano que vem funciona a praça no local atual e no dia seguinte ela está 18 quilômetros mais adiante", afirma o gestor da CCR.
Nesta nova praça serão instaladas 24 cabines, 12 por sentido, sendo oito bidirecionais e três mistas, que podem ser manual ou automática. A praça que está em operação hoje tem 23 cabines. Destas, 13 são bidirecionais e quatro automáticas.
Mudança em Santo Antônio da Patrulha
No mesmo dia em que inicia a cobrança do pedágio no quilômetro 60 da free way também haverá mudança na praça de Santo Antônio da Patrulha. A partir de 15 de agosto de 2020, aquele local que hoje só tem cobrança para quem se dirige ao litoral, passará a ter tarifa em ambos os sentidos. "É a forma mais justa de cobrança. Cobrando de forma bilateral, aumenta a função da praça e melhora a produtividade", garante Camilotti.
Empresa prevê perda na arrecadação
A CCR prevê uma perda de 20% na arrecadação com a mudança do local do pedágio. "O tráfego de Gravataí a Porto Alegre corresponde a um grande volume de circulação na nossa rodovia. Mas sabíamos que haveria esta perda desde que fizemos o estudo do negócio para participarmos da licitação", conclui.
A mudança do local do pedágio é uma luta antiga da comunidade de Gravataí e região. José Rosa, presidente do Sindilojas de Gravataí celebra o início das obras. "Há anos esperamos por isso. Nossas cidades só têm a ganhar e a empresa também vai. Sabemos que não haverá mais a cobrança de quem se desloca a Porto Alegre, mas, por outro lado, a CCR Via Sul vai arrecadar pedágio de quem utilizava a RS-118 para acessar a free way. É um momento de celebrarmos", garante.
A CCR Via Sul iniciou a administração da free way em janeiro deste ano. Além da rodovia, ela é responsável pelas BRs 101, 386 e 448. São 473,4 quilômetros de rodovias estaduais sob concessão da empresa e o contrato tem duração de 30 anos.
