A Polícia Federal (PF) prorrogou, nesta terça-feira (22), por mais cinco dias as prisões dos gestores da Unick, alvos da Operação Lamanai na quinta-feira passada. A empresa é investigada por atuação fraudulenta por meio de pirâmide financeira e captação ilegal de recursos, já que não tinha autorização do Banco Central para gerir dinheiro de terceiros.
Diferentemente do que foi informado pelos delegados responsáveis pela investigação em coletiva de imprensa, não foram presas dez pessoas na ofensiva da semana passada. De acordo com a assessoria de imprensa da PF, um dos mandados de prisão está em aberto, porém o nome do alvo não foi informado.
Desde a última sexta-feira, são tomados os depoimentos dos presos na operação.
De acordo com a Polícia Federal, a Unick captou cerca de R$ 9 bilhões com mais de um milhão de clientes. Na operação da semana passada, que contou com 200 agentes da PF e Receita Federal, o delegado de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, Aldronei Pacheco, afirmou que foram capturados os membros do que chamou de "núcleo de comando" - o presidente, Leidimar Bernardo Lopes, o diretor de Marketing, Danter Navar da Silva, e o diretor jurídico, Fernando Marques Lusvarghi, também dono da empresa garantidora da Unick, a SA Capital.
Além do sequestro de bens, foram cumpridos 65 mandados em São Leopoldo, onde hoje é a sede da empresa, além de Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Curitiba (PR), Bragança Paulista (SP), Palmas (TO) e Brasília (DF).