A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (22) a prisão de um homem condenado a 27 anos e meio de prisão pelo crime de pedofilia. A captura aconteceu na tarde de terça-feira (20) no negócio que o empresário mantinha em pleno Centro da cidade. De acordo com informações da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, a Justiça bateu o martelo na segunda-feira (19), condenando o acusado de 61 anos por abusos cometidos contra uma sobrinha entre os 6 e 10 anos de idade. O caso não é recente.
Foi em 2017 que a denúncia chegou à Polícia Civil. Conforme lembra o delegado Pablo Rocha, responsável pela DPCA, a vítima já era uma adolescente quando revelou todo o caso de abuso ocorrido na infância. "Ele se valia da autoridade de tio-avó da menina para cometer os abusos", revela. "A criança, por conta da autoridade do parente mais velho, acabava não contando nada a ninguém do que acontecia. Sofria calada", continua. "Foi só quando tentou cometer suicídio que se chegou a conclusão que algo muito errado estava acontecendo com a menina."
De acordo com o inquérito, até mesmo um pastor fora chamado para testemunhar no caso. É que antes mesmo de dizer palavra à polícia, a jovem já havia contado tudo o que sofreu na igreja. "Convencemos o pastor do culto que ela frequentava a comparecer na polícia e reforçar o testemunho contra o na época suspeito", confirma o delegado. "Ele colaborou e com isso contribuiu para que fosse possível levar à cadeia este homem", destaca Rocha, que diz suspeitar existirem outras vítimas. "Conseguimos provar que ele estuprava uma criança, mas tudo indica que existiam outras vítimas."
Por conta do condenado se tratar de um empresário conhecido em Canoas, dono de uma das lojas mais antigas da cidade, existia a dúvida por parte de parentes de que algum dia ele seria preso. Após a condenação nesta semana, não resta mais dúvida alguma. "O fato de termos cumprido a decisão da Justiça apenas um dia após a sentença é porque entendemos que este homem precisa ficar longe das ruas e, principalmente, longe das crianças", frisa Pablo Rocha. "Os próprios parentes achavam que esta investigação não iria dar em nada. Só que em nenhum momento se questionou a classe social do indivíduo. É um pedófilo? Então tem que estar na cadeia."