Está marcada para ocorrer nesta terça-feira (26), a partir das 20 horas, a reprodução simulada dos fatos da morte de Thaiane de Oliveira, 29 anos. A jovem foi morta pelo próprio marido, o policial militar Perci Brietzke, 30 anos, ao ser confundida com um assaltante. O crime aconteceu na madrugada do dia 24 de julho na residência do casal, em Capela de Santana. A reconstituição será feita por peritos criminais Departamento de Criminalística do Instituto Geral de perícias (IGP) e ocorrerá no local do crime, na Rua Um, 460, no bairro Jardim Capela.
A reconstituição do fato havia sido solicitada pela Polícia Civil e acatada pelo instituto, sendo classificada como prioridade alta. Mesmo assim, familiares de Thaiane realizaram um abaixo-assinado online pedindo pela perícia. O documento recebeu mais de 36 mil assinaturas. Este é um procedimento técnico em que o perito analisa os dados colhidos no inquérito e verifica se eles são compatíveis com os fatos narrados por parte de testemunhas, acusados ou vítimas. Neste caso específico eles vão analisar se a versão apresentada pelo policial é compatível com o que foi buscado com a perícia feita no dia bem como no levantamento noturno que vai ser feito no mesmo imóvel e condições aproximadas do que se apresentava no dia do fato", explica o delegado Rodrigo Zucco.
O delegado foi o responsável por presidir o inquérito do caso, concluído 51 dias após o crime. Conforme ele, o laudo da necropsia, emitido pelo IGP, apontou que Thaiane foi morta com um disparo de arma de fogo que a atingiu o peito, na altura do seio, entrando pela frente e saindo pelas costas. Brietzke foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e, se condenado, pode receber pena de 2 a 4 anos de detenção.
Em depoimento, o acusado disse que o disjuntor da casa havia sido desligado por conta do temporal e que teria escutado um barulho dentro de casa, levantando da cama com a arma em punho. Na sala teria visto alguém caminhando em sua direção com uma lanterna. Ele teria chamado pela esposa e pedido que a pessoa parasse, e que, como ela não parou, nem respondeu, acabou atirando.