'Só avaliação psiquiátrica vai revelar se era um psicopata agindo em Canoas', diz delegado
Polícia Civil procura por mais corpos em área que dois cadáveres foram encontrados
A Polícia Civil procurava por pelo menos dois outros corpos durante as buscas ao longo da manhã desta terça-feira (3), em um terreno na Avenida Guilherme Schell, em Canoas. Um corpo carbonizado e um outro esquartejado já haviam sido encontrados no final de semana. Os policiais encontraram duas pernas na área durante a procura.
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É que uma testemunha considerada vital para a investigação contou em depoimento que o suspeito das mortes gostava de se vangloriar ao falar do assunto. "Ele falava que matava pessoas, mas ninguém levava a sério", revela o policial Marcelo Santos, chefe de investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Por isso, é grande a preocupação em torno de outros corpos que podem estar no local. Os cães farejadores, entretanto, não encontraram. Porém, as buscas devem continuar devido a extensão da área.
A polícia só chegou a primeira vítima porque o suspeito de 43 anos contou a uma testemunha que tinha matado com um pedaço de ferro. "Foi a testemunha que procurou a polícia e revelou o que sabia", apontou o delegado Thiago Carrijo, que responde pela Especializada. Assim, talvez a polícia nunca descobrisse sobre os corpos no local e o autor continuasse matando e deixando corpos pela área verde. Uma vítima foi assassinada com golpes de ferro na cabeça, antes de ter o corpo queimado; outra foi picada em pedaços por um facão. "Não é uma coisa que se veja todos os dias", defende Carrijo. "Acredito que só uma avaliação psiquiátrica vai revelar se era um psicopata agindo em Canoas mesmo", prossegue. "Mas dá para dizer que ele apresenta um comportamento doentio e incomum."