Policiais civis farão greve caso pacote de Leite seja votado na próxima terça
Decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada ao ar livre durante protestos em Porto Alegre
Os policiais civis do Rio Grande do Sul entrarão em greve a partir da próxima segunda-feira (16) por tempo indeterminado caso a Assembleia Legislativa confirme a votação, no dia seguinte, do pacote de medidas que altera o plano de carreira do funcionalismo estadual. A proposta do governo Eduardo Leite (PSDB) é duramente criticada pelos servidores e foi o estopim para outra greve, a do magistério, que entra em sua terceira semana.
Ônibus municipais de Campo Bom não circulam nesta terça-feira
Protesto de servidores públicos contra pacote de Eduardo Leite deve ocorrer nesta terça-feira em Porto Alegre
Assembleia unificada em Porto Alegre avalia a greve dos servidores estaduais nesta terça
A decisão de entrar em greve a partir do dia 16 de dezembro caso não haja mudanças na tramitação do pacote foi tomada em assembleia de policiais civis realizada ao ar livre, em frente à sede da corporação,
em Porto Alegre. Sob forte calor, centenas de policiais também fizeram caminhada até o Palácio Piratini. Eles utilizaram um carro de som e levaram bonecos que representavam o governador; o vice e secretário de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior; e os próprios policiais.
O presidente do Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, destacou que a proposta do governo do Estado fragiliza a categoria. "A proteção da família dos policiais também está sendo destruída pelo projeto", destacou. Conforme o dirigente sindical, caso a greve se confirme na segunda-feira, 30% do efetivo será mantido nas delegacias para atender casos de urgência. Também ficou definido na assembleia dos agentes que nos próximos dias eles não participarão de operações.