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Notícias | Região Solidariedade além do Natal

Pequenos gestos mudam vidas durante o ano inteiro

Ao longo do ano, acompanhamos histórias de pessoas que estenderam a mão ao próximo e mudaram a vida de alguém que estava precisando

Publicado em: 21.12.2019 às 11:45 Última atualização: 21.12.2019 às 11:45

Andrei Fialho, Bianca Dilly e Renata Strapazzon

Everton Alfonsin, o Caco, começou entregando 50 brinquedos para agradecer pela saúde da filha. Em 2019, serão 10 mil Foto: Andrei Fialho/Andrei Fialho/GES-Especial
Só quem passou necessidade sabe a importância de receber ajuda e atenção, ainda mais em épocas como o Natal, quando os sentimentos afloram e as emoções ficam mais fortes.
Aos 49 anos, o empresário canoense Everton Alfonsin sentiu na pele o que é passar por dificuldades. Da superação veio a empatia por quem passa por limitações e a motivação de fazer caridade. Entre elas, a de sair fantasiado de Papai Noel distribuindo presentes aos menos favorecidos. Para esse ano, a meta é entregar 10 mil brinquedos em 26 eventos de diversas cidades.

Tudo começou por causa de uma promessa de Everton, o Caco, como é mais conhecido. Há 27 anos, sua filha nasceu com problemas de saúde e ele fez um compromisso espiritual de, em todos os Natais, sair fantasiado e distribuir presentes gratuitamente. “Ela se recuperou e deu tudo certo. A primeira vez eu saí com apenas 50 brinquedos sentado na carroceria de uma camioneta Rural”, lembrou.

Com o passar dos anos, sua iniciativa foi ganhando adeptos. O empresário uniu o hobby de customizar carros antigos e exóticos e criou a Cia do Caco, que conta com 46 participantes e voluntários. Toda a renda obtida é convertida para ações sociais.

“Temos inúmeros carros, entre eles o calhambeque do Papai Noel e a caminhão Fargo, da década de 50, todos iluminados e que servem para a entrega de presentes e carreatas natalinas, que chamamos de Caravana do Bem. Além dos brinquedos, pais e filhos gostam de ver os automóveis e tirar fotos. São atrações junto ao Papai Noel”, explicou.

10 mil brinquedos | Para o Natal de 2019, as ações serão intensas. Até quarta-feira serão 26 atividades em comunidades carentes, albergues, escolas especiais e, ainda, para filhos de presidiários. “Vamos da Restinga, em Porto Alegre, até Rio Pardo. Percorremos Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo, Alvorada. Vamos ao encontro de crianças carentes e de propiciar um momento de alegria. Minha meta é distribuir 10 mil brinquedos”, revelou.

Helicóptero | Está programada para as 10 horas desse domingo a chegada do Papai Noel no Centro Social Urbano do bairro Mathias Velho, em Canoas. E em grande estilo: Caco vai chegar em um helicóptero. E ele avisa: a ceia de Natal será na casa abrigo Raio de Sol, em Canoas, entidade que ele preside e trata os residentes como filhos.

As mãos de diamante e o coração de ouro

Wagner Zanderlei ajuda pacientes internados com corte de cabelo e barba Foto: Arquivo Pessoal/arquivo pessoal
Não são só as mãos do cabeleireiro Wagner Zanderlei, 34 anos, que brilham. Eleito profissional tesoura de diamante em setembro passado durante etapa nacional de um campeonato em São Paulo, o morador do bairro Vargas, em Sapucaia do Sul, tem ainda um coração de ouro. Quando não está trabalhado no salão, Wagner, atualmente em um intercâmbio em Portugal, não larga as tesouras, mas em ambientes bem diferentes. Seja em corredores de asilos e entidades beneficentes, seja em leitos de hospitais, Wagner usa seu dom para levar autoestima, alegria e dignidade a quem mais precisa. Cabeleireiro há 16 anos, lembra que há 10 iniciou o trabalho voluntário que lhe deixaria realizado. Durante uma internação da vó em Porto Alegre, ele precisou ficar quase um mês ao lado dela. “Minha vó já estava bem debilitada, delirando. Dizia que só eu poderia dar injeção nela. Não tínhamos condições de ir e voltar todos os dias, então eu e minha mãe ficávamos por lá. Como já era cabeleireiro, comecei a fazer escova, cortes de cabelo e barbas de internados. Fazia de graça, para ajudar, mas acabava ganhando um troco que usava para me alimentar e assim me manter ao lado da minha vó”, recorda. A entrega de Wagner com os pacientes foi tamanha que após o falecimento da vó, ele decidiu dar sequência ao projeto, mas de maneira mais abrangente e, dessa vez, em Sapucaia. “Levo um pouquinho de alegria para aquele senhor ou aquela senhora acamados há tanto tempo sem corte de cabelo, com barba por fazer”, afirma.

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