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Notícias | Região Investigação

Menor que jogou recém-nascida na lixeira alega que não sabia que estava grávida

Delegado que investiga o caso acredita ser "improvável" a versão dada pela adolescente, que disse ter chegado a segurar a filha. Polícia Civil agora aguarda o resultado da perícia. Caso se constate que a neném estava viva, a mãe vai responder por homicídio

Publicado em: 07.01.2020 às 15:35 Última atualização: 07.01.2020 às 16:02

Delegado Pablo Rocha disse que enfim foi possível ouvir a adolescente sobre o que aconteceu na UPA Boqueirão Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL
"Ela diz que não sabia da gravidez", conta o delegado Pablo Rocha, ao falar da adolescente de 15 anos que jogou a filha recém-nascida em uma lixeira, durante o que foi tratado como um parto improvisado, no banheiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão, em Canoas, no último dia 1º. A Polícia Civil enfim conseguiu ouvir a menor na tarde desta segunda-feira (06). A jovem ficou internada durante a última semana devido ao sangramento que sofreu, motivo pelo qual só agora prestou depoimento Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas.

De acordo com o delegado, ela afirmou não saber que estava grávida de oito meses. Contou que o sangramento era constante, mas que acreditava ser menstruação. E que de repente se viu com "algo" em mãos. A "mãe" teria segurado por instantes a neném já morta nos braços. Ela apenas a largou na lixeira porque ficou assustada. "A história que ela conta é improvável, mas não é impossível", frisa. "Existem, sim, casos de adolescentes que não sabem que estão grávidas. O difícil é acreditar que ela só percebeu que carregava uma criança no ventre no banheiro da UPA naquela manhã", argumenta.

Conforme Rocha, a polícia agora vai apenas aguardar o resultado da perícia. Caso seja constatado que a neném estava viva no momento em que foi largada na lixeira, a menor vai responder por homicídio. "Independentemente de ser verdadeira a história que ela contou ou não, o que vai valer é a perícia técnica", aponta. "Se o resultado for que a recém-nascida estava viva, ela vai responder criminalmente como manda a lei."

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