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Notícias | Região Investigação

Após emboscada, engenheiro de São Leopoldo foi agredido e queimado vivo no litoral norte

Operação desencadeada na manhã desta sexta-feira (10) prendeu quatro suspeitos do crime, em Imbé, Osório e Tramandaí

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 10.01.2020 às 11:31 Última atualização: 10.01.2020 às 13:33

Alexandre de Oliveira Brito Foto: Reprodução
Dois meses depois de o engenheiro civil leopoldense Alexandre de Oliveira Brito, de 58 anos, desaparecer e ter o corpo encontrado carbonizado no litoral norte, a Polícia Civil prendeu quatro suspeitos do crime na manhã desta sexta-feira (10). Em operação denominada de Outlander, agentes cumpriram mandados judiciais que resultaram na captura de um homem em Imbé, dois em Tramandaí e um que já cumpria pena na Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

De acordo com o delegado de Imbé, Antônio Ractz, que conduziu a investigação, Brito teria sido vítima de uma emboscada, orquestrada pelo suspeito recolhido no sistema prisional. Ao sair de casa, em Imbé, na tarde do dia 9 de novembro, o engenheiro, conforme apurado pela Polícia, teria ido se encontrar com um homem, com o qual teria combinado um programa por R$ 300.

"Ele sacou o dinheiro em Imbé e foi até Tramandaí, onde seria o encontro. Lá, ele teve o dinheiro roubado, foi amordaçado e bastante agredido. Em seguida, teve o corpo queimado. Como tinha sido bastante agredido, ele estava inconsciente, mas foi queimado ainda vivo", detalha o delegado.

Operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (10) Foto: Polícia Civil/Especial
Após o crime, os suspeitos teriam fugido com o carro da vítima, uma caminhonete Outlander Mitsubishi, para Santa Catarina, onde teriam gastado o dinheiro com mulheres e festas. O automóvel, que teria sido visto pela última vez no dia 10 de novembro na cidade de Araranguá, jamais foi encontrado. Com um dos suspeitos presos, a Polícia apreendeu o celular da vítima.

Conforme o delegado, a Polícia segue investigando a possível participação de outras pessoas no crime. Ractz afirma que a vítima conhecia o rapaz com quem teria marcado o programa, só não deu detalhes de como ou de quanto tempo ambos tinham algum tipo de relação. Os quatro presos deverão responder por crimes como homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, extorsão e ocultação de cadáver.           

Corpo identificado 40 dias depois

O corpo do engenheiro foi encontrado no mesmo dia de seu desaparecimento carbonizado às margens da Interpraias, em Cidreira. A identificação só foi divulgada pelo Instituto-Geral de Perícias 40 dias depois. Sobrinha de Brito, a advogada Andrea Nunes, agradeceu o empenho da Polícia em esclarecer o crime.

"A gente só queria agradecer ao delegado Antônio Ractz, porque percebemos o grande empenho dele e da equipe dele, que foram incansáveis, trabalhando de dia e de noite, com pouco pessoal, ao longo de dois meses e conseguiram descobrir tudo como aconteceu e prender os envolvidos, o que é mais importante para a gente neste momento", diz.

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