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Notícias | Região Escassez

Indústria e agricultura abrem semana com captações suspensas no Rio Gravataí

Chuva intensa de sábado deu um fôlego ao Rio Gravataí, com alta, segundo a Sema, de 30 centímetros em Alvorada em menos de 24 horas. Ainda assim, retirada de água que não seja para o abastecimento não é normalizada

Por Eduardo Torres
Publicado em: 09.02.2020 às 21:32 Última atualização: 09.02.2020 às 21:38

Medição aponta nível crítico na bacia hidrográfica do Gravataí Foto: Francisco Marodin/DRH Sema
A chuva intensa do sábado representou uma recuperação inédita desde do começo do ano no nível do Rio Gravataí, pelo menos é o que apontou o balanço hídrico diário da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) específico para o Gravataí. Conforme a divulgação oficial, em menos de 24 horas, o nível na estação da Corsan em Alvorada subiu de 1m03cm ao meio dia de sábado (8) para 1m37cm na manhã deste domingo (9). Ainda assim, a produção industrial e a agricultura que captam água diretamente do rio abrem a semana com as retiradas de água suspensas. Se não houver baixa no nível do manancial, retomam a atividade na terça (11).

O índice divulgado pelo órgão estadual, no entanto, não é confirmado até a noite deste domingo (9) pelo Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SINRH), mantido pela Agência Nacional das Águas (ANA) e que mantém aberto ao público, atualizados de hora em hora, os níveis dos principais rios do país. O sistema é automático e no caso do Rio Gravataí, carregado a partir de dados da Corsan. No entanto, desde o meio dia de sábado as informações do Gravataí não são atualizadas. Conforme o SINRH, só houve alta de 30 centímetros entre os dias 10 e 13 de janeiro, em um intervalo de 72 horas.

Pela portaria divulgada na última sexta (7) pela Sema, quando o rio estiver com nível entre 1m30cm e 1m60cm em Alvorada, será considerado em nível de alerta, que determina a captação intermitente (dois dias sem captar e três com captação) até que o nível ultrapasse 1m60cm. Abaixo de 1m30cm, que era a situação desde meados de janeiro - e que é a última medição oficial constante no SINRH -, o órgão ambiental estadual passou a considerar como situação crítica, com captações completamente suspensas para agricultura e indústria. Tudo para garantir o abastecimento público com menor risco de racionamento.

No caso de Gravataí, a interrupção de captação atinge, por exemplo, o complexo automotivo da GM, a Astória e a TDK.

Conforme Fepam, no sábado, a chuva acumulada em Gravataí chegou a 40 mm. Antes do temporal, porém, as equipes de fiscalização da Fepam percorreram o Rio Gravataí, próximo à região das nascentes, em ação de controle aos irrigantes do setor agrícola. Três bombas de captação de arrozeiros foram desligadas pelos fiscais.

"A fiscalização tem o objetivo de informar e conscientizar os irrigantes que suspendam a captação, em virtude do nível do rio", explicou, no sábado, a diretora-adjunta do Departamento de Recursos Hídricos da Sema, Patrícia Cardoso.

Na última semana, além da portaria que restabeleceu os níveis críticos e de alerta no Gravataí, outra portaria determinou que as indústrias da região reduzam em 30% o lançamento de efluentes no Rio Gravataí enquanto a vazão estiver abaixo do normal.

Ainda assim, nenhuma ação de fiscalização da Fepam contra o setor industrial foi registrada desde o final da semana passada.

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