Mais uma vez Gravataí esteve no centro da ação da Delegacia de Repressão a Crimes de Lavagem de Dinheiro (DRLD), do Denarc, na terceira etapa da Operação Impostore, que desde o ano passado investiga uma quadrilha especializada em retirar veículos apreendidos em depósitos do Detran. O crime relacionado a investigações policiais, se utilizava da falsificação de assinaturas de delegados. Desta vez, de acordo com o diretor do departamento, delegado Vladimir Urach, o objetivo era garantir o sequestro de bens dos cinco indiciados pelos crimes.
"Foram cinco contas bancárias localizadas, casa e veículo. E ainda uma carga recuperada", explica o delegado.
Os agentes do Denarc ainda fazem buscas a um caminhão, que não foi localizado até a manhã desta terça (11).
Conforme o delegado Urach, esta é a etapa final da investigação, quando se tenta garantir o ressarcimento aos cofres públicos do que os criminosos geraram de prejuízo. O inquérito, com os indiciamentos dos envolvidos por estelionato, uso de documento falso, receptação e associação criminosa, já foi enviado à Justiça.
Foram apuradas três retiradas de veículos de depósito relacionados a investigações do próprio Denarc — um deles, era o caminhão que segue desaparecido —, além de um carro relacionado a uma apuração de outra delegacia.
Em dezembro, o líder do bando foi preso em Gravataí. Na segunda etapa da operação, foram cumpridos ainda mandados em Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha e Londrina, no Paraná. Após a descoberta dos crimes, o Detran mudou a forma de retirada de veículos dos depósitos, reforçando as cautelas.