O susto foi tão grande que a Polícia Rodoviária Federal teve de ser acionada para ajudar com o trânsito no trecho da BR-116 que fica perto da empresa. O fluxo em direção ao interior registrou lentidão durante mais de duas horas por ali em um horário em que costuma ser tranquila a chegada ao Vale dos Sinos.
O motorista de aplicativos Herivelton Palma, de 29 anos, que o diga. Ele estava trabalhando na hora do incêndio e recebeu uma ligação da esposa em estado de choque. "Ela disse que as paredes do apartamento estavam quentes", contou, mostrando o prédio próximo ao pátio da JBL. Imediatamente ele voltou para casa e se assustou com o que viu. "O fogo estava alto".
Em um motel que fica em frente à garagem, o público da noite foi embora mais cedo: sem clima para diversões.
Com as chamas controladas, os bombeiros deram início ao resfriamento do pátio. O procedimento consiste em seguir jogando água no chão, veículos, imóveis e muros próximos ao epicentro do incêndio para evitar que o calor em excesso reacenda o fogo.
O proprietário da empresa e o advogado, a esta altura, já estavam por lá. Dailson Pinho dos Santos, advogado, acredita que o ato possa ter sido criminoso. Ele informou à reportagem que a JBL tem três boletins de ocorrência registrados por vandalismo contra o patrimônio da empresa. Em um deles, um suspeito chegou a ser detido, mas acabou liberado em seguida.
"Ficou menos tempo do que levamos para registrar o boletim", resume. Mesmo diante da suspeita, as causas seguem sendo apuradas e somente serão divulgadas após o laudo da perícia técnica, que entrou a madrugada no local registrando os pontos estratégicos do fogo e as provas que restaram.
*Com informações apuradas por Rafael Trajano e imagens de Fernando Lopes.